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Luciana Santana de Lima, professora do 6º ano
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Publicado em 02/12/2016
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Foto: Alberto Jacob Filho

 

“Educar é também não desistir da criança”, afirma Luciana Santana de Lima, professora da E.M. Isabel Mendes (3ª CRE), no Méier. Ela faz a afirmação ao lembrar-se da primeira turma que assumiu quando passou no concurso para a Rede Municipal. Foi na E.M. Mourão Filho (3ª CRE), no Complexo do Alemão, e ela era a 12ª profissional a assumir o 5º ano em 2012. “O grupo era muito difícil. Os alunos subiam na mesa, ouviam funk em caixas de som portáteis, falavam palavrões. Mas eu estava empolgada com a vaga, feliz por ter conquistado aquela posição!”

A professora percebeu que não seria possível se apegar ao conteúdo, era o mês de setembro, havia uma balbúrdia instalada e alguns alunos ainda analfabetos. Ela resolveu fazer um trabalho de ressocialização. Para se aproximar e quebrar resistências, se interessou pelas músicas que eles ouviam e conversava com todos em uma linguagem familiar. Conquistada a atenção, passou a refletir com o grupo sobre quem eram, o que a conduta deles representava e o que a escola significava.

Também levou a turma para passear no Teleférico do Alemão, que, na época, funcionava regularmente, com a área relativamente pacificada. “Procurei mostrar que não tinha medo deles e de sua realidade”. Desse modo, baixaram a guarda e Luciana pôde lhes apresentar novos gêneros musicais e, ainda, filmes para assistirem. Nos poucos meses até o fim do ano letivo, procurou ensiná-los a sentar e ouvir, a ter respeito consigo e com o outro, noções de higiene, postura em sala de aula. No fim de 2012, houve formatura com uma turma que, afinal, queria aprender.

Crianças precisam de literatura

No ano seguinte, Luciana foi designada para a E.M. Isabel Mendes (3ª CRE), no Méier, onde leciona atualmente para o 6º ano. O novo desafio foi incubir-se das aulas de Língua Portuguesa, na qual é formada, e também Matemática, Ciências, Geografia e História, já que o 6º ano do Ensino Fundamental no Rio mantém o professor regente.

Ela planejou um modo interdisciplinar de atuação. Por três meses, adotou o clássico O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéri e, a partir dele, abordou os outros conteúdos. A viagem pelos planetas era motivo para falar sobre o Sistema Solar; o encontro com o piloto no deserto do Saara os levou para um planisfério onde puderam identificar a África e compará-la ao Brasil; criaram uma linha do tempo para o conteúdo de História e problemas matemáticos com situações do livro, por exemplo: quantos litros de água o Príncipe precisaria para regar sua Rosa por determinado tempo?

No fim do projeto, os alunos fizeram uma exposição. As turmas dos anos iniciais foram convidadas, e também as de uma unidade vizinha, a E.M. Augusto Paulino Filho, para conhecer os murais, experimentos, as brincadeiras e as lembranças preparadas durante o projeto.

Luciana também é professora do estado desde 2010. Leciona Língua Portuguesa na Escola Estadual Zumbi dos Palmares, em Duque de Caxias, para turmas do 6º ano regular e para jovens e adultos.

Prazer em lecionar

A professora diz que adora o que faz e tem prazer em planejar as estratégias de aula. Casada pela segunda vez, é mãe de Miguel, 12 anos, que mora com o pai e com os avós paternos, e de Benício, 2 anos.

Ela cursou Língua Portuguesa na Universidade Estácio de Sá. Fez também duas especializações de 360 horas: na Souza Marques, em Língua Portuguesa e, na UFF, em Produção Textual.
Com a rotina cansativa de professora municipal, estadual e mãe de criança pequena, Luciana conta que o fim de semana é para cuidar da casa e, às vezes, viajar com o marido para locais próximos, como Minas Gerais e Espírito Santo.

Márcia Carvalho de Sá, diretora da E.M. Pedro Lessa
Há 30 anos no cargo, ela acredita que disciplina é fundamental para o aprendizado.
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Ralph Cyrillo Dias, professor de Artes
Escultor autodidata, o educador busca ser um exemplo para os alunos da E.M. Mário Penna da Rocha (5ª CRE), em Honório Gurgel.
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A história de um encontro inesperado – e muito feliz – com a Educação de Jovens e Adultos.
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Alexandra Paixão, professora da Educação Infantil
“Quero formar cidadãos críticos. Contribuir para que os alunos possam expressar suas ideias, não apenas memorizar conteúdos.”
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Aluna, professora e diretora: as três fases da estreita relação de Raquel com a E.M. Rodolfo Garcia (5ª CRE), em Irajá.
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Os alunos aprendem como fazer um curta metragem com todas as questões envolvidas: roteiro, parte técnica e artes cênicas.
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