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O local hoje conhecido como Estácio já foi berço das escolas de samba, bairro operário e zona boêmia. Mas, há dois séculos, era coberto de matas silvestres, com caça abundante e muitos porcos selvagens. Por isso, a denominação Mata-Porcos ou Mata dos Porcos. Porém, há controvérsias. Alguns historiadores afirmam que a origem do nome vem da existência, na região, no tempo do Brasil colônia, de um matadouro de suínos que abastecia a população da cidade.
A homenagem feita ao sobrinho de Mem de Sá (governador-geral do Brasil) ocorreu em 1865, três séculos depois da fundação do Rio de Janeiro. Este reconhecimento acabou rendendo frutos. Posteriormente, algumas ruas próximas também foram batizadas com os nomes Mem de Sá e Salvador de Sá. Bairro de classe baixa e classe média-baixa da zona central da cidade, o Estácio, inicialmente, nasceu como um local proletário, onde se ergueram a Vila Operária, a Avenida Salvador de Sá e as antigas instalações da Companhia Cervejaria 
Brahma.
A antiga Rua Mata-Porcos, que passou a se chamar Estácio de Sá, tinha seu início na então chamada Rua do Conde d'Eu, depois renomeada Frei Caneca, logo após a proclamação da República. O famoso logradouro termina no Largo do Estácio, também assim chamado em homenagem ao fundador da cidade. Este largo destacou-se em tempos passados, quando nele ficava a Pasmaceira, um local que reunia e atraía aficionados por brigas de galo de toda parte da cidade.
Do início do século XVIII em diante, o trajeto para ir do centro da Cidade a São Cristóvão, Tijuca (antigo Engenho Velho) e Andaraí Pequeno incluía a Rua Riachuelo, chamada de Mata-Cavalos. O caminho seguia pela Estrada Mata-Porcos e chegava até o local conhecido como Mata-Porcos, atual Largo do Estácio, ou antigo Largo de Mata-Porcos.
Até a primeira metade do século XX, o Largo do Estácio era o ponto de entroncamento mais utilizado na ligação do Centro à Zona Norte. Com a construção de vias amplas passando pela Praça da Bandeira (Avenida Radial Oeste), esta passou a ser a principal via de ligação.
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