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Cidade de Deus, o bairro que virou filme
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Publicado em 18/11/2013
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F5CDDA Cidade de Deus, também chamada pela abreviatura CDD pelos moradores, é um bairro da Zona Oeste do Rio. Originariamente, deveria ser um conjunto habitacional. Fazia parte de um planejamento do governo do Estado da Guanabara que, na década de 1960, buscava um modelo para o Programa Habitacional. Coube à Companhia de Habitação Popular do Estado da Guanabara (Cohab-GB) a incumbência da concepção e da realização do projeto urbanístico inovador, solicitado pelo então governador Carlos Lacerda e financiado pelo Banco Nacional da Habitação (BNH).

A intenção era construir núcleos habitacionais de interesse social para abrigar famílias sem teto, em especial as originárias de áreas selecionadas para a desocupação organizada da Zona Sul do Rio de Janeiro – primordialmente seis favelas: Praia do Pinto (Leblon), Parque da Gávea, Ilha das Dragas (Lagoa), Parque do Leblon, Catacumba (Lagoa) e Rocinha.

O embrião da Cidade de Deus se diferenciava dos padrões de loteamentos adotados até então na cidade do Rio de Janeiro por inovar com o conceito de unidade-quadra. Essas unidades circundariam o Rio Grande e seu afluente Estiva. Com dimensão de dois hectares e 144 casas, cada unidade-quadra disporia de todos os serviços básicos de infraestrutura urbana e incluiria duas áreas de convívio e lazer, vias internas de pedestres e vias periféricas para veículos. Justapostas, estas parcelas menores formariam um núcleo mais amplo, com centros comunitários providos de cinema, mercado, creche, escolas, praças de esporte e lazer. O projeto, aprovado em 20 de dezembro de 1964, teve as obras de terraplanagem iniciadas em 1º de fevereiro de 1965. Mas uma catástrofe natural iria alterar o curso do que estava previsto.

Em 20 de janeiro de 1966, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade – que, por decisão das autoridades, naquele ano não foi feriado municipal –, uma grande enchente provocou pelo menos cem mortes e deixou mais de 20 mil desabrigados no município. Em meio à emergência, o governador Negrão de Lima, recém-empossado, autorizou a transferência das famílias desabrigadas para as casas inacabadas da Cidade de Deus a partir do dia 1º de março do mesmo ano. Àquela altura, a área passou a abrigar gente vinda de toda parte da cidade – segundo o Instituto Pereira Passos, nada menos que 57 favelas –, o que gerou uma ocupação inicial bastante heterogênea. A solução, que deveria ter sido provisória, acabou se tornando moradia definitiva.

A construção da Cidade de Deus só terminou depois do governo de Negrão de Lima. Três etapas foram executadas. A primeira, em 1968, entre a Avenida Ezequiel, a Rua Moisés e Rua Edgar Werneck. A segunda, entre a Estrada da Estiva (atual Marechal Miguel Salazar Mendes de Morais) e a Avenida do Rio Grande. E a terceira, de outubro de 1968, que abrangeu a maior área, com mais de 120 logradouros, entre ruas, travessas e praças, batizadas com nomes bíblicos pelo Decreto de 30 de março de 1970.

Com o tempo, ocorreram invasões junto às casas planejadas e a área foi ocupada desordenadamente. Posteriormente, ela foi desmembrada da XVI-RA-Jacarepaguá e transformada na XXXIV-RA-Cidade de Deus. A denominação, a delimitação e a codificação do bairro foram estabelecidas pelo Decreto Nº 3.158, de 23 de julho de 1981, com alterações do Decreto Nº 5.280, de 23 de agosto de 1985. Ele faz limite com os bairros de Jacarepaguá, Gardênia Azul, Freguesia e Taquara e ocupa uma área de 135.392,02 metros quadrados.

Tanto o nome do conjunto habitacional como a inspiração bíblica para batizar suas vias estavam previstos no primeiro contato para a execução do modelo. O que não se podia antecipar era que, 40 anos após o projeto original, o bairro serviria de inspiração para o filme Cidade de Deus, que ganharia o mundo ao ser indicado para concorrer a quatro categorias do Oscar.

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