É importante deixar claro que o Mural das Bolinhas foi desenvolvido concomitantemente ao uso das funções com crachá na sala de aula. E isso fez com que um projeto dependesse do outro para acontecer.
A estratégia foi criada para que as crianças pudessem acompanhar diariamente seu comportamento e assim tivéssemos uma espécie de controle sobre sua evolução ou não.
Decidi montar nesse formato porque percebi que o Semáforo do Comportamento (recurso utilizado por uma amiga na época) não dava conta desse acompanhamento diário. E o Mural é o que melhor me atende até hoje. Com uma vantagem: ele pode ser adaptado de acordo com a realidade de cada professor.
Ao longo desses anos fui aperfeiçoando a técnica e hoje trabalho com o modelo apresentado a seguir:
No fim de cada dia separo em média 30 minutos para o momento de avaliação coletiva, quando mediadores e secretários vão à frente da turma para perguntar se há alguma reclamação ou algo que as crianças não tenham conseguido solucionar. Neste momento, elas anotam as queixas no quadro para que possamos ouvir ambas as partes: a que reclama e a que é alvo da reclamação.
Nesse momento também buscamos investigar se a reclamação é verdadeira, se há testemunhas, se houve pedido de desculpas ou não, se é algo recorrente, enfim, ainda na tentativa de solucionar.
Caso seja algo que não consigamos resolver pelo diálogo e a bolinha da criança ainda for a azul, abrimos votação para decidir qual bolinha colorida será atribuída ao comportamento da criança e se daremos ou não a ela a oportunidade de praticar boas ações para recuperar a bolinha azul.
É muito importante a professora saber quando intervir ou não nessas decisões. Criar a autonomia nas crianças também tem a ver com deixá-las controlar parte das situações.