GIANE MOREIRA DOS SANTOS PEREIRA
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR:
DEBORA SALAZAR SENDRA PINHEIRO
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR:
ALESSANDRO VILLELA MENDES
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR:
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O público-alvo da ação empreendida foram estudantes de turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental I que chegaram a nós encaminhados pelos professores, pela direção da escola, ou por decisão pessoal. Todos tinham em comum históricos de sofrimento psíquico e, predominantemente, de crises de ansiedade.
Convidamos esses estudantes a participar conosco de uma sequência de rodas de conversa semanais, entre os meses de março e novembro de 2022, com acompanhamento e análise das demandas trazidas por eles para o planejamento do encontro seguinte.
Durante o ano, com a procura de outros alunos da Escola pelo trabalho do Proinape (Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares), criamos mais dois grupos – um para o período de junho a novembro e outro, para o período de agosto a novembro. O número de estudantes atendidos por grupo alternou entre sete e 15 alunos.
Lançamos mão das seguintes estratégias de trabalho com os grupos:
Esses recursos foram utilizados como sensibilização para possibilitar a expressão de afetos, emoções e sentimentos desencadeados por questões e desafios vividos pelos adolescentes.
A partir do trabalho realizado com os grupos, alguns alunos demandaram atendimentos individuais e articulações com as redes de saúde, saúde mental e assistência e lazer da Prefeitura do Rio, o que ampliou a extensão do atendimento a adolescentes e familiares.
O impacto obtido pelo trabalho conduzido evidenciou-se pela crescente procura dos estudantes por participação e por seus efeitos positivos no comportamento dos grupos, o que foi reconhecido pelos professores e pela direção da Escola.
Ao longo das ações propostas nas rodas, algumas alunas levantaram questões geradoras de ansiedade e puderam dividir suas experiências.
Neste contexto, os grupos cumpriram o objetivo de promover encontros dialógicos entre eles, possibilitando a compreensão e ressignificação dos sentimentos e relações estabelecidas, o que foi percebido por nossa equipe, com base nas falas e atitudes das alunas participantes que, no decorrer dos encontros, partilhavam conosco suas estratégias para lidar com as práticas relatadas, com a nossa mediação.
Essas trocas constantes criaram laços de pertencimento ao grupo e uma rede de fortalecimento e solidariedade entre as alunas. Elas se tornaram multiplicadoras da atividade, gerando grande procura de outros alunos e professores, que foram nossos parceiros nesse projeto.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Metodologia de Educação entre Pares. Adolescentes e jovens para a educação entre pares: saúde e prevenção nas escolas. Brasília (DF): 2010. 43 p.
RIO DE JANEIRO (cidade). Secretaria Municipal de Educação. Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares. Vamos conversar sobre adolescências. Rio de Janeiro: 2017.
UNICEF. O direito de ser adolescente: oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades. Brasília, DF: Unicef, 2011. 182 p. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/pt/br_sabrep11.pdf