As rodas de conversa aconteceram no contraturno com adesão voluntária de estudantes do 9º ano escolar, convidados pela equipe pedagógica, para discutir temas propostos livremente pelo grupo.
A metodologia utilizada para esses grupos foi reunir os estudantes em um grande círculo para iniciar uma conversa a partir da livre manifestação de cada um deles ou mais, sempre trazendo um fato novo que, consequentemente, se desdobrasse a cada encontro.
Nosso público-alvo foram os estudantes das turmas 1901 e 1902. O grupo permaneceu aberto à inserção de novos integrantes, inclusive de outras turmas, que por vezes eram indicados por docentes ou por estudantes que já participavam da roda. A periodicidade dos encontros foi quinzenal, reunindo uma média de 15 a 20 jovens.
Observamos que a atividade permitiu um acompanhamento sistemático dos adolescentes no espaço escolar e despertou a curiosidade de mais estudantes pelas rodas de conversa, de tanto que nos procuraram sinalizando a necessidade de outro colega para conversar com a Equipe do Proinape (Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas, da SME-Rio), o que levou à formação de diferentes grupos de conversa.
Esses espaços possibilitaram maior interação entre colegas, privilegiando a descoberta de talentos artísticos até então escondidos pela timidez; a valorização da autoestima; e o exercício da empatia.
Como a pandemia de Covid-19 trouxe uma gama de experiências novas para todos nós, partilhar emoções decorrentes dessas vivências ajudaram de certo modo a aliviar a dor da perda, do sofrimento e do luto.
Nossa atividade também despertou reflexões sobre projetos de futuro, sonhos, perspectivas, vida escolar e mercado de trabalho, já que incluiu estudantes dos anos de terminalidade que em breve estarão em outra rede de ensino.