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Boas Práticas
Práticas integradas de assistentes sociais, professores e psicólogos
A linguagem do educador e o desenvolvimento da autonomia moral dos estudantes
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
Sede da 4ª Cre - 4ª CRE
Rua Professor Luis Rondelli 150 - Olaria
Unidade não vocacionada


AUTOR(ES)
Cristiane Franco de O. Bezerra, Isabela do Espírito Santo Cunha e Luiz Renato Paquiela Givigi

  • Cristiane Franco de O. Bezerra é assistente social no Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape/Niap/SME-Rio), educadora e escritora de literatura infantojuvenil.
  • Isabela do Espírito Santo Cunha é psicóloga clínica, educadora e professora.
  • Luiz Renato Paquiela Givigi é psicólogo clínico, doutor em Psicologia e psicólogo no Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape/Niap/SME-Rio).

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
ASSISTENTE SOCIAL; PSICÓLOGA, PSICÓLOGO.
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
5º ano
6º ano

OBJETIVOS

Os principais objetivos desta ação foram:

  • apresentar a educação moral como um problema complexo;
  • demonstrar como a escola, querendo ou não, exerce a função de educar;
  • despertar o interesse pela temática;
  • apresentar os tipos de linguagens propriamente ditas; e
  • pensar em suas aplicações práticas.

HABILIDADES
6º ano - Língua Portuguesa - Distinguir um fato de uma opinião.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Março/2022 até Agosto/2022

A prática A linguagem do educador e o desenvolvimento da autonomia moral dos estudantes foi um trabalho de apoio institucional que se estendeu às unidades escolares que compõem o território da 4ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) no município do Rio de Janeiro.

A partir de um pedido da própria coordenadoria, cujo teor girava em torno da intensificação de conflitos interpessoais que se desenrolavam no espaço escolar, resolvemos propor encontros de formação com os coordenadores pedagógicos das UEs com o objetivo de estudar, refletir e socializar saberes relacionados aos temas do conflito, da indisciplina e da violência escolar.

Partindo do princípio de que a conduta moral e ética da criança é aprendida e, assim como em todos os demais processos, possui estágios de desenvolvimento, propusemos discutir e analisar qual seria o papel do educador na aquisição desta conduta. Mais especificamente, nosso objetivo foi refletir sobre as implicações da linguagem do educador na construção da autonomia moral do aluno, entendendo autonomia moral como a aquisição progressiva de princípios, valores e regras de conduta.

Sabemos que uma das funções primordiais da escola é a formação de cidadãos críticos, solidários, éticos e comprometidos com o mundo em que vivem. Entretanto, dependendo da forma como ocorre a comunicação entre escola e alunos, pode-se tanto favorecer quanto prejudicar o desenvolvimento moral desses alunos .

Entendemos que a comunicação é um desafio em todos os âmbitos da vida. A maneira como nos dirigimos a uma pessoa causa impressões em suas emoções, faz diferença em seus sentimentos e interfere em seu desenvolvimento. Isso não é diferente na escola. As palavras do educador não são inofensivas. Ao contrário, afetam a vida dos alunos para melhor ou para pior e influenciam o conceito que cada um deles tem de si mesmo, em seu comportamento e na construção de sua subjetividade.

Partindo de ensinamentos de autores como Piaget (1994), Vinha (2000), La Taille (2019), e Ginott (1973) e entendendo a autonomia moral como um processo progressivo que vai da anomia (ausência de regras), passa pela heteronomia (obediência acrítica à autoridade externa), até chegar a uma desejada autonomia moral (internalização crítica e ativa das regras), buscamos pensar, junto aos educadores, quais seriam os tipos de linguagem que favoreceriam ou dificultariam o desenvolvimento dos alunos.

Para fins didáticos, dividimos esses tipos de linguagem em dois. O primeiro, dirigido à personalidade ou à capacidade do indivíduo, pode trazer consequências negativas a esse sujeito, como queda da autoestima, dificuldade de aprendizagem, sentimento de culpa, ansiedade, medo e, por fim, o reforço da heteronomia.

Já a linguagem descritiva é uma forma de comunicação que consiste em apresentar os fatos como são, isto é, como o próprio nome diz, descrever ações, fatos e sentimentos sem emitir julgamentos. Refere-se, portanto, a fatos, acontecimentos e a ações do sujeito, e não ao ser, ao caráter, ou à personalidade dele.

Um dos maiores entraves a este trabalho foi a dificuldade de comparecimento de todos os inscritos, tanto por conta de reuniões concomitantes, como pela dificuldade de um inscrito se ausentar de sua escola devido à sobrecarga de trabalho ou devido à falta de professores em suas unidades, o que faz com que um inscrito precise cobrir essas ausências.

Quanto ao interesse pela proposta, no total, foram 45 coordenadores pedagógicos inscritos, preenchendo boa parte das vagas disponibilizadas para inscrição voluntária.

Segundo a avaliação da nossa equipe, os principais objetivos foram suficientemente cumpridos.

Referências Bibliográficas

GINOTT, H. Comunicação congruente. O professor e a criança. Rio de Janeiro, Bloch, 1973, p. 55-83.

LA TAILLE, Y. Desenvolvimento do juízo moral e afetividade na teoria de Jean Piaget. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 2019.

PIAGET, J. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus, 1994 (Originalmente publicada em 1932). São Paulo: Mercado de Letras, 2000.

VINHA, T. P. O educador e a moralidade infantil: uma visão construtivista. Campinas: Mercado de Letras, 2000.

WREGE, M. G. et al. A linguagem do educador e a autonomia moral. Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas, Marília: v. 6, n. 2, ago.-dez. 2014, p. 115-132. Disponível em: https://doi.org/10.36311/1984-1655.2014.v6n2.p115-132

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