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Boas Práticas
Educação de Jovens e Adultos (EJA Rio)
PRODUÇÃO DO LIVRO “PEJA É DIREITO: COLETÂNEA DE TEXTOS FEITOS POR ESTUDANTES DO PEJA/EJA- ENSINO FUNDAMENTAL"
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADES DE ENSINO
EM Alagoas - 3ª CRE
Avenida Dom Helder Camara 6742 - Pilares
Unidade não vocacionada


Centro de Educação de Jovens E Adultos Ceja - Maré - 4ª CRE
Rua Praia de Inhauma 200 - Maré
Unidade não vocacionada


AUTOR

FLAVIA MAIA CERQUEIRA RODRIGUES

PROFESSORA DE ALFABETIZAÇÃO NA EJA (CEJA MARÉ) E LÍNGUA PORTUGUESA NO PEJA (ESCOLA ALAGOAS- PILARES).
EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL. INTEGRANTE DO FÓRUM EJA- RIO, MEMBRO DO GRUPO DE PESQUISA EJA TRAB- UFF E DO PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSIDADE E ESCOLA: TROCA DE SABERES E PRÁTICAS- UFRJ. MESTRA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE- EPSJV/FIOCRUZ.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: PROFESSORA I E II

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
EJA I - Bloco 1
EJA II - Bloco 1
EJA II - Bloco
OBJETIVO(S) DAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES EJA RIO ALINHADO(S) COM A PRÁTICA
O objetivo deste relato de experiência é compartilhar uma atividade de produção literária realizada em duas escolas de EJA (uma escola exclusiva da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Maré e a outra do PEJA, em Pilares), acerca de alguns processos vivenciados por pessoas trabalhadoras, em sua maioria, negras, sobretudo aquelas que são sujeitos da EJA, submetidas na construção de suas identidades de classe, raça e gênero. Ressaltando o direito à leitura literária, nos baseamos em Guerra (2022), que afirma que devemos compreender a EJA como uma modalidade da educação básica voltada para a parcela da população, cujo direito à escolaridade foi sistematicamente negado, seja pela falta de acesso e/ou condições de permanência. E por isso, necessita de um olhar mais atencioso em relação à questão. Da mesma forma, a perspectiva literária deve dialogar com as experiências da EJA. Barbosa (2019) afirma que se faz urgente a implementação da lei 10.639/03, não como uma iniciativa solitária, mas integrada ao currículo permanente da EJA e que, para isso, é preciso que haja um posicionamento político dos sujeitos da unidade escolar.
COMPONENTE CURRICULAR
EJA I - Bloco 1 - História/Geografia - Reconhecer a sua condição de sujeito histórico, produtor de cultura e participante dos diferentes grupos sociais que constroem a história das diferentes sociedades, especialmente considerando o Brasil, o Rio de Janeiro, as sociedades indígenas, afro-brasileiras e latino-americanas
EJA I - Bloco 1 - Língua Portuguesa - Analisar a escrita produzida por si e pelo outro a fim de produzir hipóteses, investigar e conhecer o sistema alfabético, aspectos estruturais da escrita, regularidades, convenções e situações comunicativas, entre outros elementos, com mediação docente.
EJA I - Bloco 1 - Língua Portuguesa - Experimentar a leitura de textos não verbais e verbais de diferentes tipos e gêneros, em diferentes suportes, em meio físico ou digital, com mediação docente, incluindo literaturas de autores e autoras indígenas, afro-brasileiras e latino-americanas.
EJA I - Bloco 1 - Língua Portuguesa - Experimentar a oralidade como meio de produção de si e do mundo; de criação, expressão, comunicação, argumentação e interação social, em situações e contextos diversos, formais e informais, inclusive em meio digital, adequados aos objetivos, gêneros discursivos e interlocutores, nas culturas brasileira, popular, indígenas e afro-brasileiras.
EJA I - Bloco 1 - Língua Portuguesa - Reconhecer a sua condição de sujeito que interage no mundo por meio da leitura-escrita, em suas diversas formas e contextos sociais, para comunicação, acesso e produção de informações e conhecimentos, lazer, trabalho, expressão de pensamentos e sentimentos.
EJA II - Bloco 1 - Língua Portuguesa - Analisar a escrita produzida por si e pelo outro a fim de investigar seus aspectos gramaticais (classes, ortografia, acentuação, concordância, coesão/coerência etc.) e semânticos (conotação/denotação etc.) e utilizá-los em seus contextos de produção, com progressiva autonomia.
EJA II - Bloco 1 - Língua Portuguesa - Experimentar a leitura de diferentes tipos e gêneros, em diferentes suportes, em meio físico ou digital, com gradual ampliação de sua densidade e complexidade e com progressivo desenvolvimento de sua autonomia, incluindo literaturas de autores e autoras indígenas, afro-brasileiras e latino-americanas.
EJA II - Bloco 1 - Língua Portuguesa - Produzir textos de diferentes tipos e gêneros, com ampliação gradual de sua densidade e complexidade, coletivos e individuais, utilizando conhecimentos gramaticais, com progressivo desenvolvimento da autonomia, em situações comunicativas e contextos sociais diversos, formais e informais, adequadas aos objetivos, gêneros discursivos e interlocutores, inclusive em meio digital, ampliando possibilidades de produção e publicação dos textos.
EJA II - Bloco 1 - Língua Portuguesa - Reconhecer a sua condição de sujeito que interage no mundo por meio da leitura-escrita, em suas diferentes formas e contextos sociais, para comunicação, acesso e produção de informações e conhecimentos, lazer, trabalho, expressão de pensamento e sentimentos
EJA II - Bloco 2 - Língua Portuguesa - Analisar a escrita produzida por si e pelo outro a fim de desenvolver,quando necessário, processos de revisão de seus textos.
EJA II - Bloco 2 - Língua Portuguesa - Reconhecer a diversidade linguística presente entre os diferentes grupos sociais com os quais se relaciona e a diversidade linguística no Brasil, relacionando-a às influências linguísticas na formação da Língua Portuguesa, especialmente as heranças indígenas e afro- brasileiras.
EJA II - Bloco 2 - Língua Portuguesa - Reconhecer a sua condição de sujeito que interage no mundo por meio da leitura-escrita, em suas diferentes formas e contextos sociais, para comunicação, acesso e produção de informações e conhecimentos, lazer, trabalho, expressão de pensamento e sentimentos.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Março/6/20 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET
O livro intitulado “PEJA É DIREITO: Coletânea de textos feitos por estudantes do PEJA/EJA- Ensino Fundamental” é a realização de um sonho coletivo antigo que tinha enquanto professora da EJA: dar espaço para as escritas de estudantes e valorizá-los(as) como escritores(as). A produção literária se deu ao longo de seis meses, envolvendo atividades como: debates, conversas, tomadas de decisões, gravação de vídeos e produções durante as aulas de alfabetização e Língua Portuguesa. O livro contou com a participação de uma estudante egressa do PEJA e de uma aluna da EJA 2 (ambas negras e LGBTQIAPN+), por serem ainda mais silenciadas. Os materiais escritos pelos(as) estudantes contaram com a revisão da professora e outros foram transcritos pela professora. Considerando o conceito de analfabetizado, discutido por Souza (2022, p.7), que compreende violações e exclusões reiteradas e arquitetadas em relação à efetivação do direito social e humano à educação, inclusive por meio de políticas públicas imputadas pelo Estado brasileiro, esses sujeitos foram sendo analfabetizados, tornando-se vítimas em uma sociedade que negligencia a garantia do direito à educação. Porém, sua resistência e reexistência são formas de inscrever-se e se escrever em outro lugar, o que não invalida a dívida que o Estado tem para com ela (SOUZA, 2019, p.26). A professora levou 35 livros próprios na perspectiva crítica para a sala de aula. Então, o contato com a literatura foi feito de forma individual e coletiva. Depois, cada grupo selecionou um livro e escolheu um texto para fazer a leitura coletiva. Posteriormente, escolhemos e debatemos sobre as temáticas e a relação com outros textos, discutindo diversas temáticas. Alguns textos foram gravados de forma oral e depois transcritos pela professora. Posteriormente, as turmas escolheram as temáticas/textos que iriam compor o livro e produziram a capa (arte e cores). A escrita como forma de estratégia de sobrevivência foi se fazendo presente a cada composição. Em relação à expectativa da impressão do livro para cada autor(a), foi necessário uma sequência de esforços para adquirir os recursos necessários. Foram inseridas algumas fotos do cotidiano escolar das turmas, bem como imagens de textos trabalhados ao longo do período letivo. O livro foi devidamente registrado (DOI, ISBN e Ficha Catalográfica).
A parceria mais significativa que recebemos foi a da professora Carolina Nunes, que imprimiu a maior parte da tiragem do livro e da professora Luciana Getirana, que imprimiu a capa e costurou cada livro. Posteriormente, foi realizado o lançamento do livro em ambas as escolas, contando com a presença das demais turmas da escola, equipe escolar e de gestão. Ambas professoras da Rede Municipal. A escrita como forma de estratégia de sobrevivência foi se fazendo presente a cada composição. Em relação à expectativa da impressão do livro para cada autor(a), foi necessário uma sequência de esforços para adquirir os recursos necessários. O livro foi apresentando no Colóquio Reconhecendo UERJ-2024, no ENEJA-2024 e em uma formação docente da GEJA. Também foi publicada uma matéria no Jornal O Cidadão-Maré. Parafraseando a sinopse (SOUZA, 2023), os(as) estudantes da EJA praticaram a escrita como um exercício social de vida, onde aprender a escrever é escrever e reescrever a própria vida como sujeitos capacitados para serem o que tiverem oportunidade de ser. Com essas narrativas, conseguiremos manter o título de eternas aprendizes, pois elas são impactantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.

ARROYO, M. Formar educadores e educandos de jovens e adultos. In: SOARES, L. (org.) Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica/SECAD- MEC/UNESCO, p. 17-32, 2006.

BOMFIM, Maria Inês; BAYERL, Claudia . A escola pública de EJA: direito incerto da classe trabalhadora? IN: Ventura. J.; Rummert, S. (org.) Educação de Jovens e Adultos como direito: contribuições à formação docente. Uberlândia: Navegando Publicações, 2023, p 45-62. Disponível em: https://l1nq.com/nlzQn. Acesso em 25 jul. 2024.

BRITTO, L. P. L. Máximas impertinentes. In: PRADO, J.; CONDINI, P. (org.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, p. 97-102, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. Org. Ana Maria de Araújo Freire. 6ª ed.São Paulo: Paz e Terra, 2021 (p 75-80).

GERBELLI, Caio. A destruição da EJA é um projeto racista. Revista Le Monde Diplomatique. Brasil, julho 2022. disponível em:. Acesso em 1 Jul 2023.

LEMOS, Amanda Guerra de. O direito à leitura literária na Educação de Jovens e Adultos. IN: BOMFIM, M. I.; RUMMERT, S. M. (Orgs.). Educação de Jovens e Adultos, formação humana, cultura e arte.Uberlândia: Navegando Publicações, 2022.

LEMOS, Amanda Guerra de. Entre teorias e práticas: o trabalho alfabetizador na EJA. IN: Educação de jovens e adultos : linguagens, alfabetizações e afetos / organização Marta Lima de Souza. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Letra Capital, 2020.

RODRIGUES, Flavinha (org.). Peja é direito! Coletânea de textos feitos por estudantes do PEJA/EJA- Ensino Fundamental. Rio de Janeiro: Ed. dos Autores , 2023. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1bOsHJiZycyU2KOB2-xE4j7t96XR-sJd9/view. Acesso em 01 jul 2024.

RUMMERT, Sonia; BARBOSA, Adriana; RODRIGUES, Flavia. Estudantes e docentes da EJA como sujeitos de direitos e as relações ensino-aprendizagem. A escola pública de EJA: direito incerto da classe trabalhadora? IN: Ventura. J.; Rummert, S. (org.) Educação de Jovens e Adultos como direito: contribuições à formação docente. Uberlândia: Navegando Publicações, 2023, p 80-107. Disponível em: https://l1nq.com/nlzQn. Acesso em 25 jul. 2024.

SILVA, Adriana Barbosa; SOUZA, Camila Azevedo; ALVES, Telma. O trabalho pedagógico em EJA como direito. IN: Ventura. J.; Rummert, S. (org.) Educação de Jovens e Adultos como direito: contribuições à formação docente. Uberlândia: Navegando Publicações, 2023, p 124-147. Disponível em: https://l1nq.com/nlzQn. Acesso em 25 jul. 2024.

SILVA, Thatiana Barbosa da. A EJA é negra! As vozes dos sujeitos da rede municipal de Belford Roxo sobre as questões étnico-raciais. 2019, Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/Nova Iguaçu, 2019 (p. 60-91).

SOUZA, Marta Lima de. Alfabetização de jovens e adultos: negações, resistências e desafios. IN: Revista Brasileira de Alfabetização - ABAlf | ISSN: 2446-8584 Belo Horizonte, MG | v. 1 | n. 11 | p. 15-31 | jul./dez. 2019.

VENTURA, Jaqueline; RUMMERT, Sonia; MARINHO, Hyago. Marcos históricos da Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores no Brasil Republicano. IN: Ventura. J.; Rummert, S. (org.) Educação de Jovens e Adultos como direito: contribuições à formação docente. Uberlândia: Navegando Publicações, 2023, p 19-44. Disponível em: https://l1nq.com/nlzQn. Acesso em 25 jul. 2024.

Registros
IMAGENS
CAPA DO LIVRO
PÁGINA 34 DO LIVRO
PÁGINA 31 DO LIVRO
REGISTRO DO LIVRO
PREFÁCIO DO LIVRO
CONTRACAPA DO LIVRO
PÁGINA 3 DO LIVRO
PÁGINA 5 DO LIVRO
PÁGINA 11 DO LIVRO
PÁGINA 21 DO LIVRO
PÁGINA 30 DO LIVRO
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