vanessa santana caetano
Graduada em Ciências Biológicas (2008) e Zootecnia (2003) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRuralRJ). Possui mestrado e doutorado (2016) em Ciências Biológicas - Biotecnologia Vegetal (UFRJ). Em educação, atua desde 2011 como professora de ciências do ensino fundamental no regular e na educação de jovens e adultos na Secretaria Municipal de Educação (SME-RJ). Nesta mesma instituição, atuou no programa “Rioeduca na TV”, gravando videoaulas de ciências. Atuou como professora de fisiologia vegetal da UFRJ e UFRuralRJ para diferentes cursos de graduação; professora da Pós-graduação do curso de Gestão e Orientação Escolar do Centro Universitário Uniabeu e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas LAIFE - Laboratório de Inclusão, Formação Cultural e Educação (UFF). Possui artigos publicados em periódicos e capítulo no livro “Formação de professores na EJA – Temas em debate”.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Prof. I - Ciências
FATIMA FILGUEIRAS ROCHA CORREIA
É professora de língua inglesa da rede Municipal do Rio de Janeiro desde 1999, há 13 anos na Educação de jovens e adultos – EJA, atualmente no CREJA - Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens e Adultos e GET Menezes Vieira. Aposentada pela rede estadual do Rio de Janeiro, tendo atuado no ensino médio. Possui formação na área de letras (Inglês e Respectivas Literaturas) pela UERJ; Pós-graduação (Lato Sensu) em Educação em Turismo e Especialização pelo PDPI - Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa pela Universidade de Ohio (EUA), em parceria com a CAPES. Mestranda pela UERJ- FFP em educação, Processos Formativos e Desigualdades Sociais. Coautora do livro “Sensibilidades e afetos da experiência docente” em parceria com o programa jovens construtores – CEDAPS.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Prof. I - Inglês
O suicídio é um ato deliberado, com intenção de morte, e envolve pensamentos, planos e tentativas. É um fenômeno complexo, influenciado por fatores psicológicos, biológicos, sociais e culturais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS (2014), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, representando uma morte a cada 100 (ABP, 2014). Entre 2000 e 2019, apesar da redução global de 36% nos casos, as Américas tiveram um aumento de 17%, e no Brasil o crescimento foi de 43% (Ministério da Saúde, 2022). Diante disso, a OMS recomenda campanhas de prevenção ao suicídio.
A conscientização sobre o tema é abordada nas orientações curriculares da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Secretaria Municipal de Educação (SME/RJ). Em setembro, no Centro de Referência de Educação de Jovens e Adultos do Rio de Janeiro (CREJA/RJ), alunos do Bloco II participaram de uma prática multidisciplinar. A atividade teve como objetivo dialogar sobre a prevenção ao suicídio e promover apoio emocional aos estudantes da EJA, que frequentemente enfrentam desafios como pressões financeiras e responsabilidades familiares.
Ao abordar o tema na escola, cria-se um espaço seguro para os estudantes compartilharem sentimentos e reconhecerem sinais de sofrimento em si e nos colegas. A discussão sobre saúde mental quebra estigmas e fortalece a rede de apoio, promovendo uma educação mais humana. A ação do Setembro Amarelo foi desenvolvida de forma multidisciplinar, integrando as disciplinas de ciências e inglês:
Primeiro momento: Criação de um “Cantinho Amarelo” no corredor principal que leva ao refeitório da escola, uma área de grande movimentação. Nesse espaço, colocou-se um mural interativo com mitos e verdades sobre a depressão e suicídio com explicações do que é o setembro amarelo, sua origem e dicas de como identificar e ajudar uma pessoa com depressão. Também foram disponibilizados marcadores de páginas com o telefone do centro de valorização da vida (CVV) e uma caixa com mensagens afetuosas em uma caixinha para que os estudantes pudessem pegá-las. Os materiais foram elaborados em português e inglês.
Segundo momento: Com a finalidade de trabalhar a leitura e interpretação em inglês, foi trazido um texto, rico em cognatos verdadeiros, sobre o Setembro Amarelo. Os estudantes se apropriaram do texto utilizando as estratégias de leitura. Em seguida, responderam algumas perguntas objetivas que facilitaram a compreensão do tema. Por último, foram convidados a refletir sobre de que maneira aprender sobre o Setembro Amarelo pode transformar a forma como lidamos com nossas próprias emoções e com o bem-estar das pessoas ao nosso redor, além de pensarmos em ações concretas que podem ser tomadas para promover um ambiente mais saudável e acolhedor em nossa comunidade escolar e nas famílias. A proposta foi de elucidar possíveis respostas oralmente e, em seguida, desenvolvê-las por escrito, proporcionando uma oportunidade para a prática da escrita em português.
Referências bibliográficas
ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria (2014). Suicídio: informando para prevenir
Ministério da saúde (2022). SAÚDE MENTAL. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/anualmente-mais-de-700-mil-pessoas-cometem-suicidio-segundo-oms. Acesso em: 25/10/2024.
OMS - Organização Mundial de Saúde (2014) – World Health Organization. Preventing suicide: A global imperative. WHO Press.
Materiais utilizados:
Setembro amarelo. Disponível em: https://mcrismcarvalho.blogspot.com/ . Acesso em 10/08/2024.
Setembro amarelo. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Setembro_Amarelo . Acesso em: 10/08/2024.
Setembro amarelo – cartões. Disponível em: https://linktr.ee/criativar.recursosterapeuticos . Acesso em: 10/08/2024.