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Boas Práticas
Educação de Jovens e Adultos (EJA Rio)
Aquilombando o PEJA: A ancestralidade do Quilombo Dona Bilina pede licença e entra no cruzo das aulas da E. M. Professor Gilberto Bento da Silva.
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Professor Gilberto Bento da Silva - 9ª CRE
Rua Francisco Mota 850 - Campo Grande
Ginásio Educacional Carioca - GEC


AUTOR

Julio Antonio Gomes da Silva

Mestrando do PROFHISTÓRIA - Mestrado Profissional em Ensino de História, núcleo UFRJ. Possui graduação em História - Licenciatura pela Universidade Veiga de Almeida (2006). Em 2009, especializou-se em História Social e Cultural do Brasil, nas Faculdades Integradas Simonsen. Em 2017, concluiu a Especialização em Educação e Relações Étnico-Raciais, na Universidade Federal Fluminense. Sua pesquisa gira em torno de ensino de História, decolonialidade, representatividade, educação de jovens e adultos, educação e cotidiano escolar, currículo, narrativas e memórias. Participa do Grupo de Pesquisa Diferenças e Interculturalidades no Ensino de História DIFERIR, que integra o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lepeh-UFRJ) e o Núcleo de Estudos de Currículo (NEC) da UFRJ, ligados à Faculdade de Educação (UFRJ).

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: PROF I - História

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
EJA II - Bloco 1
EJA II - Bloco 2
OBJETIVO(S) DAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES EJA RIO ALINHADO(S) COM A PRÁTICA
Tornar concreta a concepção de diversidade, apresentando a realidade de um quilombo, com relatos e atividades que auxiliem a perceber a existência de uma comunidade que resistiu (e resiste) ante o preconceito e o apagamento. Trazer para escola a concepção de aquilombamento e o caminho de um futuro (que é ancestral) contemplado pelas raízes africanas dos escravizados e de seus descendentes, aproximando tradições e vivências nossas das realidades ancestrais que nos cercam e nos movem como sociedade, estudante e indivíduo, fazendo com que conheçamos a vizinhança da escola como parte nossa e levando a escola a ser parte de um todo.
COMPONENTE CURRICULAR
EJA II - Bloco 1 - História/Geografia - Analisar o processo de domínio e ocupação do território brasileiro (colonização) por diferentes perspectivas, especialmente das sociedades indígenas, africanas e afro-brasileiras.
EJA II - Bloco 1 - História/Geografia - Compreender a ocupação e a formação do território brasileiro no processo de colonização portuguesa.
EJA II - Bloco 1 - História/Geografia - Compreender Territorialidades indígenas e quilombolas em seus aspectos histórico, políticos, sociais e culturais.
EJA II - Bloco 2 - História/Geografia - Conhecer a geografia e a história da cidade do Rio de Janeiro e seu entorno, o processo de evolução e ocupação urbana
EJA II - Bloco 2 - História/Geografia - Conhecer os processos de formação política, econômica, social e cultural do Brasil.
EJA II - Bloco 2 - História/Geografia - Reconhecer os principais movimentos sociais – rurais e urbanos – que marcaram a história do Brasil.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/4/20 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET

Buscando uma releitura antirracista sobre nossas raízes afrobrasileiras, propus trazer representantes do Quilombo Dona Bilina (localizado a poucos quilômetros de nossa unidade) para uma apresentação do histórico e das atividades do Quilombo. Nisso, contamos com a presidenta da Associação dos Remanescentes, Leonídia, e com Alice Franco, integrante da Associação e psicóloga. Nossas convidadas chegaram entoando cântico de pedido de licença, por estar em nosso ambiente, e contaram com uma recepção um pouco fria. Porém, com as falas e as vivências, o grupo foi se soltando e participando de forma calorosa. Numa conversa que fluiu das origens do Quilombo, dos seus griôs e suas práticas, a um debate sobre a nossa ancestralidade, as turmas e os profissionais que estavam reunidos na plateia interagiram ao ponto de se encaixarem em práticas apresentadas, como o uso de plantas medicinais e receitas naturais, e até mesmo as rezas e simpatias. Dias depois, fiz uma roda de conversa com as classes especiais do integral, e acabamos achando um aluno que é morador do Quilombo!

Posteriormente, pedimos a oportunidade de visitarmos o Quilombo, já que as turmas se encontravam ansiosos por isso. No dia 14 de junho tivemos a oportunidade de, junto ao CIEP Armindo Marcílio Doutel de Andrade, visitar uma festividade junina, com músicas típicas, muita conversa e troca de experiências, além de uma exposição de Saberes e fazeres quilombolas. Com uma mesa colaborativa e um sistema de caronas dentro de nossa rede de apoio (estudantes e professores) e por transporte público, com meios próprios, chegamos ao Quilombo e participamos de uma culminância que não tínhamos proporção. Finalizamos mais que um Plano de Dimensões ligado ao GRA ou um projeto pedagógico: abrimos as portas para o ontem, com planos de caminhar no hoje, construindo o amanhã.

Inicialmente, as turmas se mostraram resistentes. Principalmente os mais afastados das vivências afrodiaspóricas. Todo um trabalho de explicação inicial foi realizado em sala, com aulas sobre as contribuições africanas em nosso cotidiano e o entendimento de que não há cultura superior ou inferior. Com uma abertura maior por parte dos estudantes, seguimos para a conversa com nossas convidadas com o medo do novo e a ansiedade de ver mais e mais. As trocas foram riquíssimas! Tivemos na visita técnica, noturna, mais vivências. Com as turmas do EJA I convidadas, descobrimos nelas aulas de letramento racial na prática. Um dos alunos compôs uma cantiga que cantou para todos os presentes. As lembranças de uma terra nossa, fora da escola e do cotidiano, mexeu com boa parte dos estudantes, fazendo com que temáticas em torno da cultura dos povos africanos e de seus descendentes se tornasse mais leve.
Registros
IMAGENS
Iniciando as conversas
Vivências
Após afetos e saberes compartilhados
Evento externo
Chegamos!
Ainda fomos contemplados com uma exposição!
Que experiência!
Tudo em ordem!
Mesa colaborativa
Vivências
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