TATIANA COSTA SOUZA
Sou Tati Costa, carioca, filha da carioca Maria, e do paraibano Sinvaldo. Ambos professores História, aposentados, da rede municipal do RJ. Tenho 46 anos de vida, 5 filhos maravilhosos, 22 anos de profissão e amo o que eu faço. Atuo na rede municipal há 12 anos e, atualmente, leciono no GEO Fernando de Azevedo, U.E. da 10ª CRE, em Santa Cruz. Acredito que a Educação Pública de qualidade pode mudar o futuro de nossos alunas. Acredito também no meu trabalho dentro e fora de sala de aula.
O trabalho de Língua Portuguesa, nos dias atuais, é um trabalho bastante diversificado, que não abrange apenas a gramática, mas todo tipo de leitura, linguagens e códigos. Meu trabalho vai além das quatro paredes da sala de aula, levando o aluno a espaços onde ele possa pensar, refletir e se reconhecer como cidadão autônomo e participativo da sociedade e ser protagonista da sua própria história. Espero sempre poder fazer alguma diferença na vida dos meus alunos.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: PEF - Língua Portuguesa
Projeto de Fotografia: Reflexos de Resistência
Este projeto de fotografia busca capturar e celebrar a força, a resiliência e a diversidade das experiências de alunos e alunas, negros e negras. Através de retratos e narrativas visuais, queremos destacar como a identidade e a cultura negras são formas de resistência em um contexto histórico e contemporâneo de opressão.
As imagens foram compostas no ambiente escolar, que representa a maior parte da vida cotidiana, tradições e conquistas de indivíduos e comunidades negras. Cada fotografia conta uma história, refletindo momentos de resistência pessoal e coletiva. O projeto busca ir além dos estereótipos, apresentando a riqueza das vivências e a beleza das identidades negras.
O trabalho teve início, com a divulgação em outubro, alguns alunos ainda se mostraram reticentes ao projeto, outros aceitaram, rapidamente, participar. Poderiam participar alunos, professores e funcionários que se consideram negros - pardos ou pretos - descendentes de afro-brasileiros.
As imagens foram exibidas em uma parede da escola, formando um grande painel, acompanhadas de frases e textos reflexivos e antirracistas de pessoas comuns ou personalidades negras.
"Reflexos de Resistência" é mais do que um projeto fotográfico; é um tributo à coragem e à dignidade das pessoas negras. Através das lentes, buscamos não apenas documentar, mas celebrar a riqueza da cultura e a história de resistência que permeiam a vida negra, inspirando todos a reconhecer e valorizar essas narrativas.
As habilidades curriculares destacadas no trabalho antirracista são fundamentais para promover uma educação mais inclusiva e consciente. Essas habilidades, como pensamento crítico, empatia e comunicação, ajudam os estudantes a compreenderem as complexidades do racismo e a desenvolverem uma postura ativa contra a discriminação.
A integração curricular ocorre quando essas habilidades são incorporadas em diversas disciplinas, permitindo que os estudantes vejam a interconexão entre o racismo e outras questões sociais, por exemplo, em aulas de História, podem ser discutidos os impactos do racismo ao longo do tempo, enquanto em aulas de Círculo de Leitura e artes podem ser analisadas obras que abordam a temática racial. Essa abordagem interdisciplinar enriquece o aprendizado e fortalece o compromisso dos estudantes com a luta antirracista.
narrativa visual; fotografia; resistência, antirracismo, consciência
O principal objetivo era dar visibilidade ao aluno negro, tantas vezes discriminados, mesmo no ambiente escolar; no entanto o impacto foi bem maior, pois este projeto não apenas destacou a resistência e a força das pessoas negras, como também promoveu reflexões sobre as lutas enfrentadas e as conquistas realizadas, assim como gerou debates sobre o "colorismo", "Racismo reverso" e racismo estrutural. Ao dar visibilidade a esses sujeitos, várias histórias foram construídas, outras relembradas, e eles como protagonistas., Pudemos, então, fomentar diálogos sobre identidade, resistência e empoderamento dentro e fora da unidade escolar.
O desenvolvimento da ação antirracista é impactado positivamente, quando os estudantes são incentivados a refletir sobre suas próprias experiências e a história do racismo. Isso não apenas amplia sua compreensão do tema, mas também os motiva a se engajar em práticas que promovam igualdade e justiça social, preparando-os para serem cidadãos mais conscientes.
RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual Antirracista. Companhia das Letras, 2019.
Brasil. Lei nº10.639/2003.