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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Traços que contam histórias
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EDI Rachel de Queiroz - 1ª CRE
Avenida Presidente Vargas S/n° - Cidade Nova
Unidade não vocacionada


AUTOR

RAFAELA DE OLIVEIRA PINTO

Mestre em Linguística e licenciada em Letras, pela UERJ. Especialista em Educação das Relações Étnico-Raciais e em Educação Linguística e Práticas Docentes pelo Colégio Pedro II. Atuou como bolsista CAPES no PIBID. Fez intercâmbio, na Argentina, focado na formação de professores. Professora pelo Colégio de formação CEIAA. Atua como professora pesquisadora da Educação Infantil com cargo efetivo, na PCRJ, desenvolvendo com as crianças da escola pública uma educação respeitosa que fomenta a leitura e a escrita do mundo por meio do encanto. Tem experiências na área de Educação, com ênfase nos estudos da Análise Cartográfica dos Discursos, dedicando-se, principalmente, aos estudos das relações étnico-raciais e de educação linguística na infância. Áreas e temáticas de interesse: produção de subjetividade, construção de identidade, imagem como discurso, práticas leitoras e escrita, trabalho docente, pesquisa-intervenção, literatura infanto-juvenil, educação antirracista, artes e infância.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professora de Educação Infantil

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
Pré I
OBJETIVOS
Conhecer e estreitar laços com as famílias, privilegiando e respeitando a diversidade do grupo por meio do campo de experiência da alteridade "o eu, o outro e o nós" (BNCC), em diálogo com a lei 10.639/03. Com o objetivo de pensar um currículo decolonial pautado na educação das relações étnico-raciais, a proposta de atividade com as crianças e com as famílias visou experiências de aprendizagem baseadas no encanto e na beleza da diversidade.
HABILIDADES
Educação Infantil - Educação Infantil - Reconhecer a si mesmo e pessoas que lhes são mais próximas, a partir das narrativas produzidas na interação.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/2/20 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET
No início do ano letivo, foram realizadas conversas com as crianças e reuniões individualizadas com as famílias e a professora com o objetivo de acolher e conhecer a especificidade de cada uma. Em sala, as crianças se observaram no espelho, falaram sobre si, relataram diferenças e semelhanças de características físicas entre os colegas e se inspiraram na arte do pintor brasileiro Artur Timóteo da Costa para criarem autorretratos com giz de cera tons de pele. Já em casa, as famílias receberam a proposta da professora de selecionarem com as crianças e enviarem, online, fotos no formato 3x4 e/ou de partes do corpo como mãos e pés de familiares que as crianças tenham contato e/ou boas lembranças. As fotos foram impressas e recortadas em partes (olhos, boca, nariz, orelha e etc.) pela professora. Dias depois, os responsáveis foram convidados para uma atividade interativa na sala da turma. Todos em roda, a professora fez a leitura do livro "Tudo que sou" de Luana Rodrigues. O grupo embarcou em uma narrativa encantadora protagonizada pelo menino Bem que em cada página relatava com afeto um pouco da própria ancestralidade. Após a leitura, as crianças e as famílias foram estimuladas a identificarem "os nosso pedaços" que estavam cortados e espalhados pelo chão (recortes das fotografias enviadas). Conforme, iam identificando as partes, compartilhavam histórias, curiosidades e as lembranças presentes em cada traço. Viram o sorriso do pai nos lábios do filho, os olhos do avô que eram iguais aos olhos da neta e até mesmo as semelhanças de características físicas entre laços familiares formados pela adoção, evidenciando que o amor aproxima e pode tornar o outro mais parecido. Em seguida, as famílias montaram um mural coletivo com os traços que formam quem somos e contam histórias a partir dos "nossos pedaços", no corredor da escola. Encerramos a atividade com a partilha de um bolo preparado, do início ao fim, pelas crianças e decorado com fotografias das crianças com famílias no primeiro dia de aula. A atividade perpassou os muros do EDI e alcançou os olhos e a admiração da autora do livro que demonstrou interesse em conhecer as crianças na escola.
Momentos marcados pela identificação e emoção entre as famílias e pelo encanto e curiosidades das crianças. A atividade promoveu a interação do grupo, a possibilidade de conhecer o outro e, sobretudo, a valorização de uma literatura afetiva que privilegia uma narrativa pautada na beleza, na naturalização e no afeto de uma família preta. A proposta trouxe uma educação e uma representatividade positiva tanto no grupo diverso da turma que pode ver uma narrativa baseada na riqueza de ser e não no discurso da ausência ou do estereótipo da imagem das pessoas negras como é comum em algumas literaturas. E esse olhar positivo sobre a imagem de pessoas negras contribuem para o fomento de práticas antirracistas. Outro impacto muito perceptível foi a identificação e a valorização de artistas como Artur Timóteo e Luana Rodrigues. As crianças passaram a se ver neles e a almejaram produzir artes semelhantes também. Inclusive, já começaram a escrever e a ilustrar as próprias histórias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Lei nº 10.639, 09 de janeiro de 2003

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

Freire, Paulo. A importância de ler. In: ______. A importância de ler: em três

artigos que se completam. 23. ed. São Paulo: Cortez, 1989.

Rodrigues, Luana. Tudo que sou. 1. ed. Rebuliço, 2022.

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IMAGENS
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