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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Conto dos Orixás
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
CIEP Engenheiro Wagner Gaspar Emery - 9ª CRE
Avenida Cesario de Melo 7431 - Inhoaíba
Unidade não vocacionada


AUTOR

WILLIAM MATHIAS MOREIRA

Doutorando em Educação pela UERJ, com bolsa pela FAPERJ. Mestre em História Social da Cultura na PUC-Rio, com bolsa pela CAPES. Graduado em História na UERJ, em Arquivologia na UNIRIO e em Pedagogia também pela UERJ. É pesquisador no grupo de pesquisa 'Ser em vibração: estética, psicanálise, linguagem e educação' na UERJ. Integrante do Laboratório de Ensino de História e Patrimônio Cultural (LEEHPAC) da PUC-Rio.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professor do Ensino Fundamental

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
4º ano
6º ano
EJA I - Bloco 2
OBJETIVOS
Aplicamos essa atividade novamente no CIEP Engenheiro Wagner Gaspar Emery, com os 4º, 6º Ano e do EJA, no qual consistiu em ler coletivamente a história em quadrinho “Conto dos Orixás” de Hugo Canuto para as turmas. A HQ aborda os Orixás de forma a trabalhar seus mitos de forma acessível. O autor faz isso aproximando seu estilo de desenho ao de Jack Kirby, desenhista criador de vários personagens da Marvel Comics e que tem um estilo percursor do que ficou conhecido como “marvel way”. Posteriormente, realizar a discussão da cosmologia e dos mitos dos Orixás, além de realizar uma atividade prática. O objetivo é ratificar a lei 10.639/03, combater a intolerância religiosa na escola, além de introduzir o conceito de racismo religioso.
HABILIDADES
4º ano - Anos Iniciais - Estabelecer relação de causa e consequência em textos verbais e não verbais, com a mediação do professor.
4º ano - Anos Iniciais - Explorar coletivamente o assunto de um texto com base no título, subtítulo e imagem.
4º ano - Anos Iniciais - Explorar oralmente a finalidade de diferentes textos pelo reconhecimento do suporte, do gênero e das características gráficas.
4º ano - Anos Iniciais - Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo.
4º ano - Anos Iniciais - Identificar a finalidade de diferentes textos pelo reconhecimento do suporte, do gênero e das características gráficas.
4º ano - Anos Iniciais - Identificar a finalidade de diferentes textos pelo reconhecimento do suporte, do gênero e das características gráficas.
4º ano - Anos Iniciais - Identificar o assunto de um texto.
4º ano - Anos Iniciais - Identificar os elementos que compõem a narrativa, como tempo, espaço e personagem.
4º ano - Anos Iniciais - Inferir em diferentes gêneros textuais, informações implícitas, seguindo as pistas fornecidas pelo texto, como um todo, com mediação do professor.
4º ano - Anos Iniciais - Inferir informações implícitas, seguindo as pistas fornecidas pelo texto como um todo.
4º ano - Anos Iniciais - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão no texto.
4º ano - Anos Iniciais - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
4º ano - Anos Iniciais - Localizar informações explícitas, literalmente expressas no texto.
4º ano - Anos Iniciais - Participar de situações de interação oral com desenvoltura e autonomia.
4º ano - Anos Iniciais - Planejar, individual e coletivamente, a produção de textos escritos tendo como critérios: a finalidade, o gênero e o interlocutor.
4º ano - Anos Iniciais - Produzir textos individual e coletivamente, com uma frequência lógico-temporal (início, meio, fim, passado, presente e futuro), observando os elementos que compõem a narrativa.
4º ano - Anos Iniciais - Reconhecer estrutura da narrativa: - situação inicial; - complicação (conflito gerador e clímax); - desfecho.
4º ano - Anos Iniciais - Reconhecer os elementos da narrativa: – narrador (foco narrativo); - personagem (principal e secundários), – protagonista e antagonista e suas características físicas e psicológicas; – tempo/espaço da narrativa.
6º ano - Artes Visuais - Identificar as formas distintas das artes visuais, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético
6º ano - História - Identificar o continente africano como o continente berço da humanidade, contribuindo para o conhecimento da origem da espécie humana.
6º ano - História - Valorizar o respeito à diversidade e à pluralidade da sociedade brasileira, buscando exemplos de aplicação desses pressupostos no cotidiano da vida social e escolar.
6º ano - Língua Portuguesa - Compreender textos não verbais e multimodais, tais como fotos, gráficos, tabelas, tirinhas, propagandas etc.
6º ano - Língua Portuguesa - Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo
6º ano - Língua Portuguesa - Interpretar recursos gráficos não verbais, relacionando-os a outras informações apresentadas em textos verbais e entendendo a combinação desses elementos na construção da mensagem como um todo.
6º ano - Língua Portuguesa - Interpretar recursos gráficos não verbais, relacionando-os a outras informações apresentadas em textos.
6º ano - Língua Portuguesa - Ler com fluência e expressividade textos de diferentes gêneros discursivos, identificando os mecanismos de coesão e coerência.
6º ano - Língua Portuguesa - Reconhecer os elementos da narrativa: - narrador (foco narrativo); - personagem (principal e secundários, protagonista e antagonista) e suas características físicas e psicológicas; - tempo/espaço da narrativa; - aspectos descritivos do tempo/espaço da narrativa.
6º ano - Língua Portuguesa - Reconhecer os elementos estruturais da narrativa: - situação inicial; -complicação (conflito gerador e clímax); - desfecho.
EJA I - Bloco 2 - História/Geografia - Analisar possíveis causas das desigualdades sociais, do racismo estrutural, do racismo ambiental, a partir do modelo de domínio e ocupação do território brasileiro (colonização), seus efeitos nas sociedades atuais, considerando a visão, principalmente, das sociedades indígenas e afro-brasileiras.
EJA I - Bloco 2 - Língua Portuguesa - Experimentar a leitura de textos não verbais e verbais de diferentes tipos e gêneros, em diferentes suportes, em meio físico ou digital, com mediação docente e progressivo desenvolvimento de sua autonomia, incluindo literaturas de autores e autoras indígenas, afro-brasileiras e latino-americanas.
EJA I - Bloco 2 - Língua Portuguesa - Experimentar a oralidade como meio de produção de si e do mundo;de criação, expressão, comunicação, argumentação e interação social, em situações e contextos diversos, formais e informais, inclusive em meio digital, adequados aos objetivos, gêneros discursivos einterlocutores, nas culturas brasileira, popular, indígenas e afro-brasileiras.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Fevereiro/11/2 até atualmente
Primeiramente, apresentamos A HQ e o autor as turmas, explicamos que a atividade fazia parte do novembro negro e do dia da consciência negra, mas que inserido no que pede a lei 10.649/03, explicando-a também. Enquanto liamos, pude comparar através de questionamentos aos alunos seus conhecimentos sobre os mitos nórdicos vistos nos filmes do Thor e o desconhecimento em relação a cultura afro-brasileira e africana dos Orixás. Porque as pessoas não se incomodam com esses mitos, mas são preconceituosas com mitos dos Orixás? Nesse contexto, fiz a aproximação entre alguns Orixás e suas características e alguns desses deuses de outras culturas, Thor/Xangô, Loki e Heindall/Exu, para explicar que eles também são representações da natureza ou conceitos abstratos. Destacamos as partes em que os personagens principais apareciam, a saber Xangô, Iansã/Oyá, Ogum, Oxum, Iemanjá e Exu. Obá, Orunmilá-Ifá, Obatalá/Oxalá também aparecem, mas num papel menor. Nesses momentos, explicava-se a origem e características desses Orixás em relação a temperamento e sua relação com a natureza ou conceitos abstratos (ex: Xangô com a justiça ou Ogum com a guerra). Reforçamos o elo entre o racismo e a intolerância religiosa (racismo religioso), dado que a maior parte das vítimas dessa violência são de religiões de matriz africana, ou seja, vindos de uma cultura negra. Afinal, os Orixás são representados como pessoas negras. Discutimos o conceito de intolerância religiosa, apresentando dados sobre sua maior incidência sobre as religiões de matriz africana, a partir disso relacionamos isso ao racismo introduzindo o conceito de racismo religioso. Exibimos pós leitura da HQ, um pequeno vídeo da BBC Brasil sobre o ataque sofrido por um terreiro em Duque de Caxias por denominações neopentecostais, no qual foi colocado fogo no terreiro, carros queimados e seus integrantes alvos de tiros ou ameaças. No vídeo uma denominação presbiteriana se alia as vítimas para poder reconstruir o terreiro apesar das diferenças de crença, por isso também são hostilizados e ameaçados, mas ajudam mesmo assim e mostram todos almoçando juntos apesar das diferenças. Explicando que as diferenças não nos fazem tornar inimigos os outros e que é preciso respeitar a crença alheia, demarcando a ideia de que é, inclusive crime, pois violenta as pessoas e que os discursos que muitas vezes aparece na sala de aula no uso do termo “macumbeiro” alimenta a possibilidade de violências maiores.Posteriormente, distribui imagens dos Orixás no traço de Hugo Canuto, capas feitas inspiradas no estilo dos heróis Marvel e Jack Kirby junto a imagens das ferramentas de Orixás feitas por Ubi Maya. Dividimos as duplas de imagens, do Orixá e sua ferramenta corresponde, para cada grupo em cada mesa, de mais ou menos 4 alunos. Todos deveriam individualmente realizar um desenho de suas versões das ferramentas, lembrando das características vistas na HQ.
A atividade proposta gerou resultados significativos, promovendo engajamento e reflexões relevantes entre os participantes. A representação dos Orixás nos quadrinhos e na atividade prática reforçou a valorização cultural, permitindo que alunos adeptos das religiões de matriz africana se sentissem contemplados e participassem ativamente. Além disso, a presença de uma aluna Mãe de Santo contribuiu com explicações enriquecedoras, fortalecendo a conexão com o tema. A discussão sobre intolerância e racismo religioso foi fundamental para conscientizar os alunos, relacionando discriminações históricas à realidade das religiões de matriz africana. Exemplos concretos de convivência harmoniosa entre crenças, como o vídeo incentivaram a reflexão sobre respeito e empatia. No geral, a atividade promoveu aprendizado, empoderamento e conscientização, evidenciando o papel transformador da educação ao abordar a diversidade cultural de forma sensível e inclusiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BBC NEWS BRASIL. Evangélicos ajudam a reerguer terreiro de candomblé queimado. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=c4wpfKuz8yc. Acesso em: 21 nov. 2024.

BRASIL. Lei n. 10.639/03, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 21 nov. 2024.

CANUTO, Hugo. Contos dos Orixás. Publicação Independente, 2018.

Registros
IMAGENS
Apresentando a HQ "Conto dos Orixás" aos estudantes do 4º ano
Alunos desenhando
Estudantes durante a aplicação da atividade
Produção de um dos alunos
Desenho criado por um dos estudantes
Versão de ferramenta de Orixá criada por aluno
Imagem desenhada por um dos estudantes
Desenho criado a partir da leitura da HQ
Leitura coletiva da HQ "Conto dos Orixás" com os alunos do 6º ano
Leitura coletiva da HQ "Conto dos Orixás" com os alunos do EJA
Alunos produzindo desenhos das ferramentas dos Orixás
Estudantes desenhando a partir a leitura da HQ
Estudantes criando suas versões das ferramentas dos Orixás
Alunos desenhando a partir da leitura coletiva
Alunos desenhando as ferramentas dos Orixás
Estudantes criando desenhos
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