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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Amazônia sem garimpo e a pluralidade de etnias e povos indígenas
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Cientista Mário Kroeff - 4ª CRE
Rua do Couto 91 - Penha
Ginásio Experimental Tecnológico - GET


AUTOR

WILLIAM MATHIAS MOREIRA

Doutorando em Educação pela UERJ, com bolsa pela FAPERJ. Mestre em História Social da Cultura na PUC-Rio, com bolsa pela CAPES. Graduado em História na UERJ, em Arquivologia na UNIRIO e em Pedagogia também pela UERJ. É pesquisador no grupo de pesquisa 'Ser em vibração: estética, psicanálise, linguagem e educação' na UERJ. Integrante do Laboratório de Ensino de História e Patrimônio Cultural (LEEHPAC) da PUC-Rio.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professor de Ensino Fundamental

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
8º ano
9º ano
OBJETIVOS
A atividade apresentada foi erigida no contexto da transformação da Escola Municipal Cientista Mario Kroeff, da 4º CRE, em Ginásio Educacional Tecnológico e construídas com turmas de 8º ano e de 9º ano dos anos finais do ensino fundamental. O objetivo foi de aproximar mais os alunos da realidade dos povos indígenas e reafirmar a lei 11.645/08 no nosso país dentro do contexto da crise climática e da situação perigosa de que muitos se encontram por conta da expansão ilegal sobre suas áreas preservadas, principalmente a situação dos Yanomamis.
HABILIDADES
8º ano - Geografia - Conhecer a formação da sociedade e do território brasileiro, percebendo e valorizando suas diversidades étnico-culturais e patrimoniais ao destacar o papel dos povos indígenas e africanos.
8º ano - Geografia - Reconhecer e valorizar as heranças culturais dos povos originais na cultura do continente americano.
8º ano - História - Compreender e analisar a estrutura e organização das sociedades originárias da América no tempo da conquista dos europeus e os impactos da conquista sobre as populações americanas: alianças, conflitos e formas de resistência.
8º ano - História - Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros no final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras nas Américas espanhola e inglesa.
8º ano - História - Identificar e analisar a formação e distribuição histórico-geográfica do território da América portuguesa, considerando a diversidade dos grupos culturais e étnico-raciais.
9º ano - Geografia - Identificar algumas redes e movimentos sociais que atuam pelo mundo, buscando compreender as suas reivindicações, a sua importância para a democracia e para a ampliação de direitos.
9º ano - Geografia - Reconhecer e valorizar as heranças culturais dos povos originais nas culturas dos continentes americano e africano.
9º ano - História - Discutir o conceito de Direitos Humanos relacionando-os aos debates sobre sua importância para grupos em vulnerabilidade social, buscando identificar possíveis violações dos direitos humanos no cotidiano do nosso país.
9º ano - História - Discutir o papel da mobilização da sociedade brasileira do final do período da ditadura civil-militar até a Constituição de 1988.
9º ano - História - Identificar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder centralizado durante o primeiro e segundo reinados.
9º ano - História - Identificar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder centralizado durante o primeiro e segundo reinados.
9º ano - História - Identificar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder centralizado durante o primeiro e segundo reinados.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/4/20 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET
Partimos da exibição do curta-metragem animado “Amazônia sem garimpo”, os povos indígenas relatam os dramas e os riscos da contaminação dos rios e das águas pelo mercúrio usado na mineração. A obra traz uma novidade à Plataforma de Filmes: a animação é narrada em três idiomas — Yanomami, Munduruku e português. O roteiro foi desenvolvido para comunicar aos povos impactados os principais resultados da pesquisa, além de fornecer informações práticas sobre prevenção da contaminação por mercúrio e orientações para o consumo seguro de peixes. Depois da exibição do documentário animado, complementamos com a exibição das seguintes reportagens da BBC Brasil: “Ouro de Sangue: para onde vai o ouro ilegal garimpado na Amazônia?” e “Quantas línguas indígenas o Brasil tem e como é escutá-las?” disponíveis no YouTube, com o objetivo complementar de mostrar imagens reais do impacto na floresta, quem são os responsáveis pelo garimpo ilegal e que o conflito dos invasores com as populações locais podem destruir também as culturas tradicionais que conservam consigo saberes ancestrais dos povos originários. Também visamos desconstruir a imagem caricata e racista que se tem na figura do indígena ao mostrar povos em contextos urbanos, com a exibição de uma matéria da DW Brasil intitulada “A vida nas últimas aldeias indígenas de São Paulo” e um pequeno documentário da Mongabay Brasil sobre a “História Indígena do Rio de Janeiro”. Depois da exibição dos vídeos e contextualização das informações contidas ali por meio de uma roda de conversa, sugerimos que os estudantes criassem em pares ou em grupo, uma pesquisa sobre determinada etnia indígena escolhida por eles e assim aprofundar a noção de pluralidade dos nossos povos originários a partir dos dados apresentados pelo IBGE em seu site . Após isso, auxiliamos os estudantes na utilização do “Canva” que é uma plataforma online de design gráfico que permite criar diversos tipos de materiais visuais de forma acessível e colaborativa, no intuito da criação de slides e cartazes sobre a pesquisa que deveriam fazer sobre a etnia e povo escolhido. Uma vez tendo o resultado final, deveriam postar essa produção no mural interativo de cada turma feito na plataforma “Padlet”, para que todos pudessem acessar e ler um dos outros, trocando assim os saberes construídos. O resultado final ainda foi debatido em sala de aula apontando as contradições e problemas encontrados na construção da pesquisa, como por exemplo a escolha das imagens, inclusive problematizar o fato das turmas no ano de 2024 possuírem nomes de países, em sua maioria europeus, e a participação deles como colonizadores frente aos povos originários.
O projeto gerou engajamento e aprendizado sobre questões indígenas e socioambientais. A exibição do curta **“Amazônia sem garimpo”**, narrado em Yanomami, Munduruku e português, sensibilizou os estudantes ao abordar os impactos do mercúrio no garimpo ilegal. Reportagens complementares mostraram conflitos, destruição ambiental e a riqueza cultural e linguística indígena, ampliando a reflexão. Os alunos avançaram na desconstrução de estereótipos, reconhecendo a pluralidade dos povos originários e suas realidades urbanas e históricas. Por meio de pesquisas sobre etnias indígenas com dados do IBGE, criaram materiais visuais no Canva, compartilhados no Padlet, promovendo trocas colaborativas entre as turmas. Nos debates finais, discutiram representações culturais, escolhas visuais e legados coloniais, como os nomes europeus de algumas turmas da escola. O projeto conectou teoria e prática, fortalecendo habilidades digitais, pensamento crítico e uma consciência histórica moderna e inclusiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BBC NEWS BRASIL. Quantas línguas indígenas o Brasil tem e como é escutá-las? 2023. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-dKBt5btcq0. Acesso em: 19 nov. 2024.

BBC NEWS BRASIL. Ouro de Sangue: para onde vai o ouro ilegal garimpado na Amazônia? 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CX2Jc4Rsyyw. Acesso em: 19 nov. 2024.

BRASIL. Lei n. 11.645/2008, de 10 de março de 2008. Altera a lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm Acesso 19 nov. 2024.

D. W BRASIL. A vida nas últimas aldeias indígenas de São Paulo. 2024. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ah4G0gQiIu8. Acesso em: 19 nov. 2024.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Indígenas. Disponível em: https://indigenas.ibge.gov.br/estudos-especiais-3/o-brasil-indigena/povos-etnias.html Acesso 19 nov. 2024.

INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA EM SAÚDE (ICICT). VideoSaúde entrevista coordenador do projeto “Amazônia sem garimpo”. Disponível em: https://www.icict.fiocruz.br/content/videosaude-entrevista-coordenador-do-projeto-amazonia-sem-garimpo. Acesso em: 19 nov. 2024.

MONGABAY BRASIL. História indígena do Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yzBaxArCyv>. Acesso em: 19 nov. 2024.

Registros
IMAGENS
Estudantes assistindo o curta animado "Amazônia sem garimpo"
Alunos do 8º ano assistindo a animação
Estudante prestando atenção no vídeo
Turma assistindo o curta-metragem animado
Aluno assistindo "Amazônia sem garimpo"
Mural virtual da turma Inglaterra no Padlet
Mural virtual da turma Portugal no Padlet
Mural virtual da turma China no Padlet
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