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Boas Práticas
Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
MAIS DO QUE “ESPECIAIS”, SOMOS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Maestro Francisco Braga - 11ª CRE
Rua Haroldo Lobo 533 - Portuguesa
Unidade não vocacionada
Anos Iniciais

AUTOR

FERNANDA CONDE COLLARES XAVIER

Fernanda Conde Collares Xavier: Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação pela UniCarioca (2024), bacharel em Psicologia pela Universidade Gama Filho (1990), com Especialização em Educação e Reeducação psicomotora pela UERJ (2001) e em Transtorno do Espectro do Autismo (2020) pelo CBI of Miami. Cursos de Extensão Universitária em atendimento Educacional Especializado para Estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo pela UFERSA (2020), Educação Infantil pela Pontifícia Universidade Católica Do Rio de Janeiro (2001) e Alfabetização e Letramento de Pessoas com Deficiência Intelectual sob o Viés do PEI pela UERJ (2024). É professora da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro desde 1987. Tem experiência na área de Educação Infantil e atualmente trabalha atualmente com Educação Especial.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: PEF

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
3º ano
4º ano
CE-DI
OBJETIVOS
O PPP da escola busca formar cidadãos conscientes, capazes de criticar a realidade e superar desigualdades. Alinhada a essa missão, a LBI de 2015 assegura às pessoas com deficiência igualdade de oportunidades e proteção contra discriminação. Inspirado pelo PPP e pelos direitos reforçados na LBI e na convicção de que o capacitismo não é natural e sim aprendido, foi desenvolvido o projeto MAIS DO QUE "ESPECIAIS" SOMOS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA", que envolveu a classe especial e turmas regulares. O objetivo foi valorizar os alunos da classe especial como compromisso ético, dando-lhes voz, além de transformar o olhar dos alunos das classes regulares para uma perspectiva mais gentil e focada nas possibilidades.
HABILIDADES
1º ano - Anos Iniciais - Acompanhar com atenção as falas dirigidas a si mesmo e/ou ao grupo.
1º ano - Anos Iniciais - Apresentar os membros da própria família, reconhecendo as diversas configurações desse grupo social e referindo-se respeitosamente a elas.
1º ano - Anos Iniciais - Apresentar-se e apresentar alguém.
1º ano - Anos Iniciais - Conhecer, aplicar e registrar algumas regras de convivência social, baseadas no respeito às diferenças.
1º ano - Anos Iniciais - Dizer a  própria idade.
1º ano - Anos Iniciais - Escrever o próprio nome utilizando-o como referência para ler e registrar outras palavras.
1º ano - Anos Iniciais - Estimar medições (de comprimento, de massa e capacidade) com unidades de medida não padronizadas (palmo, pé, dedo, passo, xícara etc.).
1º ano - Anos Iniciais - Executar a contagem de um grupo de objetos, pessoas e animais.
1º ano - Anos Iniciais - Expressar em interações orais em sala de aula seus sentimentos e opiniões, argumentando e questionando, respeitando os turnos de fala e a opinião dos outros.
1º ano - Anos Iniciais - Identificar-se como parte integrante de um grupo: familiar, escolar e comunitário.
1º ano - Anos Iniciais - Nomear objetos e outros elementos do universo infantil: brinquedos, brincadeiras, material escolar, membros da família, animais, partes do corpo etc.
1º ano - Anos Iniciais - Reconhecer e nomear as letras do alfabeto a partir do próprio nome e dos nomes dos colegas de turma.
1º ano - Anos Iniciais - Reconhecer o respeito às diferenças como expressão dos nossos direitos e dos outros.
1º ano - Anos Iniciais - Relacionar brincadeiras e jogos do seu cotidiano familiar, escolar e comunitário com as que existiam em outros tempos e lugares.
1º ano - Anos Iniciais -  Expressar preferências e gostos pessoais em relação aos temas trabalhados, reconhecendo as diferenças e            reagindo      respeitosamente em relação a elas.
Educação Infantil - Educação Infantil - Perceber que cada sujeito possui algo que o singulariza e que o torna único, construindo uma reflexão sobre multiplicidade, pluralidade e respeito.
Educação Infantil - Educação Infantil - Reconhecer-se enquanto sujeito pertencente a um grupo social que respeita e é respeitado por sua maneira de ser e de agir.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/2/20 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET

O projeto teve início a partir da percepção da falta de interação entre alunos da classe especial (CE) e as turmas regulares, já que a escola não possuía horário de recreio. Sem convivência, os alunos da CE eram vistos, muitas vezes, apenas a partir da curiosidade ingênua em relação às suas deficiências e pré conceitos estereotipados.

Para iniciar o projeto era necessário que os alunos da CE pudessem se reconhecer como indivíduos únicos e parte integrantes de um grupo. Para isso, realizou-se uma pesquisa com responsáveis sobre as preferências e histórias dos alunos, pois muitos da CE não se comunicam oralmente. Com base nos relatos, foram criados pelos alunos livros individuais onde puderam se expressar em interações em sala de aula e contar suas histórias por meio de desenhos, pinturas, colagens, escrita e pictogramas de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA). Para fortalecer a identidade grupal, jogos de Wordwall foram enviados aos responsáveis via WhatsApp, ajudando no reconhecimento do próprio nome e dos colegas.

A compreensão da deficiência como experiência sociológica e a importância do rompimento de barreiras atitudinais - muitas vezes imperceptíveis e deixada como herança pelos adultos que se socializaram em uma cultura capacitista -, foi abordada através de vídeos sobre inclusão, como “Yan” e da dinâmica de grupo "Como é doce te conhecer", em que pirulitos coloridos guiavam perguntas sobre histórias pessoais. Alunos da CE usaram seus livros para se apresentar - por fala, produções ou comunicação alternativa com pictogramas - aos colegas sem deficiência, contando sobre suas preferências por times, cores, alimentos, entre outros. Após várias atividades pedagógicas e brincadeiras realizadas com a turma regular, criou-se um grande livro coletivo reunindo descobertas sobre todos os alunos. Por fim, foi construído um grande painel de conscientização que foi exposto para a comunidade escolar, em que os colegas sem deficiência mostravam como passaram a enxergar os alunos da CE, após a convivência e interação.

O projeto promoveu a convivência, a valorização de características únicas e a admiração. Histórias diferentes foram reconhecidas, rompendo com ideias de normalidade. A diversidade passou a ser vista como uma forma de ser e estar no mundo, e a deficiência como apenas uma característica, destacando a pessoa além dela. A produção dos livros de suas histórias ao longo do ano, permitiu a exploração das habilidades das Orientações Curriculares da SME RJ de forma contextualizada e significativa, fazendo com que avançassem no processo de alfabetização e letramento. Alunos regulares ajudavam sem piedade, reconhecendo potencialidades, sentando-se ao lado e disputando o papel de ajudante. Os alunos da CE se sentiram valorizados como parte de sua turma e da escola. Um aluno, antes visto como “aquele de cadeira de rodas que puxa o cabelo”, passou a ser percebido como “alegre, risonho, carinhoso e que também usa cadeira de rodas e que puxa o cabelo às vezes, pela dificuldade de comunicação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei no 13.146 de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa

com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: 2015.

CANDAU, Vera Maria. Direitos humanos, educação e interculturalidade: as tensões entre

igualdade e diferença. Revista Brasileira de Educação, v. 13, n. 37, p. 45-56, 2008.

BERGER, Peter. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. 1989.

BRASIL, Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a Base. Brasília: MEC, 2018a.

CHAVES, Rafaela de Cássia Mendes et al. O desenvolvimento moral nas perspectivas de

Piaget, Kohlberg e Gilligan. 2020.

DINIZ, Debora. O Modelo social da deficiência: A crítica feminista. Série Anis, 28. 9. 2003.

DINIZ, Débora. O que é deficiência. São Paulo Brasiliense, 2007.

DOS SANTOS, Giselle Cristina Menezes et al. Barreiras atitudinais: discutindo inclusão no

cotidiano escolar através do combate ao capacitismo. Revista Educação Especial, v. 36, n. 1,

p. e46/1-28, 2023.

GESSER, Marivete; OLTRAMARI, L.; FEITOSA, L. Por uma educação anticapacitista:

contribuições dos estudos da deficiência para a promoção de processos educativos inclusivos

na escola. Psicologia escolar e educacional: processos educacionais e debates

contemporâneos, p. 93-113, 2020.

GLAT, Rosana. Desconstruindo representações sociais: por uma cultura de colaboração para

inclusão escolar. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 24, p. 9-20, 2018.

MELLO, Anahi Guedes. Politizar a deficiência aleijar o queer: algumas notas sobre a produção do hashtag #ÉCapacitismoQuando no Facebook. Desigualdade, gêneros e comunicação, 2019.

RIBEIRO, Ernani Nunes; SIMÕES, José Luiz; DA SILVA PAIVA, Fábio. Inclusão escolar e

barreiras atitudinais: um diálogo sob a perspectiva da sociologia de Pierre Bourdieu. Olhares

– Revista do Departamento de Educação da UNIFESP, v. 5, n. 2, p. 210-226, 2017.

XAVIER, Fernanda et al. EM BUSCA DE PONTES PARA UMA EDUCAÇÃO ANTICAPACITISTA: O QUE NÃO É DITO, GRITA.

Registros
IMAGENS
Professora, painel de conscientização e alunos da CE
Meu animal preferido
Dinâmica "Como é doce te conhecer"
Número do sapato
Gráfico de times
Auto retrato Kaiki
CE e quarto ano - Dinâmica de grupo
Pedro se apresentando para os colegas sem deficiência
Alunos da CE se apresentado com a ajuda do livro
Auto retrato Hugo
Interação com o quarto ano
CE
Interação com o quarto ano 2
Interação com o regular 3
Interação com o regular 4
Interação com o regular 5
Interação com o regular 6
Livrão coletivo com as histórias dos alunos das duas turmas
Ajuda física: ninguém fica de fora.
Página do livrão
Página do livrão 1
Página do livrão 2
Livro individual Aquiles
Página do livrão 3
Sou importante Anna
Sou importante Hugo
Sou importante Elloá
Sou importante Millena
Sou importante Enzo
Voem, vocês são capazes!
Livro individual Hugo
Livro individual Sarah
Auto retrato
Páginas dos livros individuais
Páginas dos livros individuais 2
Meu amigo
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