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Boas Práticas
Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
INCLUSÃO E EDUCAÇÃO ANTICAPACITISTA: CRIANDO PONTES ATRAVÉS DA CONSCIENTIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EDI Professora Anna Maria Jesus Conceicao - 11ª CRE
Avenida Agenor de Almeida Loyola 1230 - Bancários
Unidade não vocacionada
Educação Infantil

AUTOR

FERNANDA CONDE COLLARES XAVIER

Fernanda Conde Collares Xavier: Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação pela UniCarioca (2024), bacharel em Psicologia pela Universidade Gama Filho (1990), com Especialização em Educação e Reeducação psicomotora pela UERJ (2001) e em Transtorno do Espectro do Autismo (2020) pelo CBI of Miami. Cursos de Extensão Universitária em atendimento Educacional Especializado para Estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo pela UFERSA (2020), Educação Infantil pela Pontifícia Universidade Católica Do Rio de Janeiro (2001) e Alfabetização e Letramento de Pessoas com Deficiência Intelectual sob o Viés do PEI pela UERJ (2024). É professora da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro desde 1987. Tem experiência na área de Educação Infantil e atualmente trabalha atualmente com Educação Especial, como AEE.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: PEF / AEE

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
Berçário
Maternal I
Maternal II
Pré I
Pré II
OBJETIVOS
Construir conceitos ligados a inclusão, deficiência e conscientização sobre capacitismo com os responsáveis, através de encontros presenciais para acolhimento, elaboração de questionários e criação de uma cartilha digital.
HABILIDADES
Educação Infantil - Educação Infantil - Perceber que cada sujeito possui algo que o singulariza e que o torna único, construindo uma reflexão sobre multiplicidade, pluralidade e respeito.
Educação Infantil - Educação Infantil - Reconhecer-se enquanto sujeito pertencente a um grupo social que respeita e é respeitado por sua maneira de ser e de agir.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/4/20 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET

Segundo o IBGE (2022), cerca de 18,6 milhões de brasileiros com 2 anos ou mais de idade possuem deficiência. No entanto, esse grupo ainda é visto como minoria social incapaz, cujas dificuldades apresentadas pela deficiência ainda são buscadas na lesão. apesar da ressignificação do conceito de deficiência, relatada pela Lei no 13.146/2015, que passa a focar na interação desse corpo com as barreiras. Dessas barreiras, as atitudinais são as mais perigosas, pois alicerçam todas as outras e trazem olhares negativos em relação às pessoas com deficiência. Por trás dela está o capacitismo, nome novo de um preconceito histórico, que ainda se apresenta no imaginário coletivo, principalmente nos adultos, por terem crescido em uma cultura preconceituosa.

Diante disso, para que as crianças possam perceber a singularidade que torna cada sujeito único e construir reflexões sobre a pluralidade, como proposto no Currículo Carioca, será preciso romper com a herança capacitista passada pela família.

O PPP do EDI denomina-se “Semeando valores” e tem como objetivo difundir, em todos que fazem parte da comunidade escolar, valores éticos básicos indispensáveis à formação do ser humano e de suas relações sociais.

Sendo o preconceito estrutural uma construção social, é a partir do PPP e de inquietações surgidas diante incompreensão dos responsáveis em relação à inclusão, que surge a necessidade de elaboração de um projeto que fosse capaz de criar pontes para uma maior conscientização em relação à inclusão e combate ao capacitismo.

Para implementá-lo, foi confeccionada e lacrada uma caixa com os dizeres “Nada sobre nós, sem nós!”, para que os pais das crianças PCDs pudessem deixar desabafos anônimos que foram, posteriormente, transcritos e lidos durante dinâmicas de grupo em encontros. No primeiro encontro, foi realizada uma brincadeira em que os responsáveis precisavam chegar à sala conectados e unidos apenas por lápis. Essa dinâmica proporcionou muitas reflexões relacionadas à aceitação das diferenças.

A seguir, foi passado um vídeo sobre inclusão e realizada uma roda de conversa com um carinhoso lanche, que trouxe depoimentos emocionados, que continuaram a ser relatados após o estouro de balões de gás e da leitura das frases, que foram separadas em “O mundo que queremos” e “O mundo que não queremos” e da montagem de um quebra-cabeça com frases sobre inclusão.

A partir dessas falas, foi elaborado e compartilhado no grupo de Whatsapp um questionário digital no Forms da Microsoft, para que todas as famílias do EDI respondessem. Com base nessas respostas, foi confeccionada e disponibilizada uma cartilha digital com um novo questionário, para averiguar se os responsáveis haviam aprendido algo após a leitura do material. Em seguida, os dados dos dois questionários foram comparados através de gráficos disponibilizados pelo Forms da Microsoft e puderam dar uma visão geral das mudanças ocorridas nas concepções que as famílias tinham e que passaram a ter sobre inclusão, deficiência e capacitismo.

Foi percebido que as famílias dos alunos PCDs puderam ter um espaço seguro para dividir suas angústias. O projeto mostrou ter havido conscientização em relação à importância da inclusão. Após a leitura da cartilha houve uma mudança nos olhares dos responsáveis, compreensão do termo capacitismo, de nenhum autismo é leve “leve”, de que já se nasce autistas e não é culpa da mãe, que síndrome de Down é não doença e que o termo correto é “pessoa com deficiência”. Alguns pais passaram a se perceber como preconceituosos e relataram que não usariam mais expressões capacitistas, mostrando que o acesso à informação se apresenta como um dos caminhos para que se rompa o preconceito. Entretanto, metade dos pais continuou a definir deficiência como incapacidade, mostrando o quanto esse tipo de trabalho precisa ser feito, já que o preconceito é estrutural, encontra-se enraizado em nossa sociedade e se apresenta camuflado por trás de barreiras atitudinais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERGER, Peter. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. 1989.

BRASIL, Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a Base. Brasília: MEC, 2018a.

BRASIL. Lei no 13.146 de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa

com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: 2015.

CANDAU, Vera Maria. Direitos humanos, educação e interculturalidade: as tensões entre

igualdade e diferença. Revista Brasileira de Educação, v. 13, n. 37, p. 45-56, 2008.

CHAVES, Rafaela de Cássia Mendes et al. O desenvolvimento moral nas perspectivas de

Piaget, Kohlberg e Gilligan. 2020.

DINIZ, Debora. O Modelo social da deficiência: A crítica feminista. Série Anis, 28. 9. 2003.

DINIZ, Débora. O que é deficiência. São Paulo Brasiliense, 2007.

DOS SANTOS, Giselle Cristina Menezes et al. Barreiras atitudinais: discutindo inclusão no

cotidiano escolar através do combate ao capacitismo. Revista Educação Especial, v. 36, n. 1,

p. e46/1-28, 2023.

GESSER, Marivete; OLTRAMARI, L.; FEITOSA, L. Por uma educação anticapacitista:

contribuições dos estudos da deficiência para a promoção de processos educativos inclusivos

na escola. Psicologia escolar e educacional: processos educacionais e debates

contemporâneos, p. 93-113, 2020.

GLAT, Rosana. Desconstruindo representações sociais: por uma cultura de colaboração para

inclusão escolar. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 24, p. 9-20, 2018.

MELLO, Anahi Guedes. Politizar a deficiência aleijar o queer: algumas notas sobre a produção do hashtag #ÉCapacitismoQuando no Facebook. Desigualdade, gêneros e comunicação, 2019.

RIBEIRO, Ernani Nunes; SIMÕES, José Luiz; DA SILVA PAIVA, Fábio. Inclusão escolar e

barreiras atitudinais: um diálogo sob a perspectiva da sociologia de Pierre Bourdieu. Olhares

– Revista do Departamento de Educação da UNIFESP, v. 5, n. 2, p. 210-226, 2017.

XAVIER, Fernanda et al. EM BUSCA DE PONTES PARA UMA EDUCAÇÃO ANTICAPACITISTA: O QUE NÃO É DITO, GRITA.

Registros
IMAGENS
Professora do AEE entregando a Cartilha física aos responsáveis
Caixa para relato anônimo dos responsáveis pelos alunos com deficiência
Dinâmica de grupo com bsalões
Separação de frases sobre inclusão e capacitismo
Montagem de quebra- cabeça sobre inclusão
Cartão de agradecimento pela participação
Mensagem
Painel construído pelos responsáveis
Cartão com mensagem
Painel construído pelos responsáveis
Convite enviado para os responsáveis dos alunos com deficiência
Cartilha digital
Organização do espaço
Desabafo dos responsáveis pelos alunos PCDs
Desabafo dos responsáveis pelos alunos PCDs
Desabafo dos responsáveis pelos alunos PCDs
Dinâmica dos balões com as frases das proprias falas anônimas dos responsáveis
Dinâmica dos balões com as frases das proprias falas anônimas dos responsáveis
Dinâmica dos balões com as frases das proprias falas anônimas dos responsáveis
Dinâmica dos balões com as frases das proprias falas anônimas dos responsáveis
Roda de conversa
Roda de conversa
Organização do espaço
Quebra-cabeça montado pelos responsáveis
Dinâmica dos balões
Dinâmica dos balões com as frases das proprias falas anônimas dos responsáveis
Dinâmica dos balões com as frases das proprias falas anônimas dos responsáveis
Dinâmica dos balões com as frases das proprias falas anônimas dos responsáveis
Dinâmica dos balões com as frases das proprias falas anônimas dos responsáveis
Acolhimento
Mensagem no whatapp do grupo de responsáveis das crianças com deficiência
Acolhimento
Balões com frases para a dinâmica de grupo
Lanche
Quebra-cabeça
Dinâmica do lápis
Filme sobre inclusão
Organização do espaço
Filme sobre inclusão
Roda de conversa
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