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Boas Práticas
Práticas integradas de assistentes sociais, professores e psicólogos
"Não é brincadeira!": O impacto do bullying e cyberbullying no cotidiano escolar
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADES DE ENSINO
EM Menezes Cortes - 7ª CRE
Praça José Alves de Azevedo 43 - Freguesia (jacarepaguá)
Unidade não vocacionada


EM Aleksander Henryk Laks - 7ª CRE
Avenida Canal do Anil 1201 - Gardênia Azul
Ginásio Educacional Tecnológico - GET


AUTORES

PAMELA ABDON GUIMARAES PIMENTEL

Pamela Abdon é psicóloga, graduada pela UFRJ, neuropsicóloga e pedagoga. Atua há 16 anos na Secretaria Municipal de Educação como psicóloga do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (NIAP), na Equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (PROINAPE) da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Psicóloga (NIAP - SME)

Débora Salazar Sendra Pinheiro

Débora Sendra é assistente social, graduada pela UERJ, especialista em Saúde Mental pelo IPUB/UFRJ. Atua como assistente social do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (NIAP), na Equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (PROINAPE) da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Assistente social (NIAP - SME)

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
6º ano
7º ano
8º ano
9º ano
Carioca II
OBJETIVOS

1. Estimular um ambiente escolar mais saudável e seguro, por meio da sensibilização e conscientização dos alunos sobre as temáticas de bullying e cyberbullying.

2. Através das rodas de conversa, busca-se oferecer um espaço acolhedor e empático, além de instrumentalizar os estudantes com conhecimentos críticos que os capacitem a identificar, prevenir e agir de forma assertiva diante das situações de bullying e cyberbullying.

3. Fortalecer as habilidades socioemocionais dos alunos, incentivando a empatia, o respeito às diferenças e a comunicação positiva.

4. Promover a integração entre a comunidade escolar e os alunos, estimulando o protagonismo juvenil, e criar um espaço para o diálogo contínuo e colaborativo entre os diferentes atores escolares.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/6/20 até atualmente
Público
Professores, Profissionais da educação, Comunidade escolar, Aluno
Eixo do NIAP
Convivências e Conflitos na Escola
Competências Gerais da BNCC

4. Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

A prática desenvolvida nas escolas EM Aleksander Henryk Laks e EM Menezes Cortes baseia-se em uma abordagem participativa e dialógica, com foco nos temas da adolescência, principalmente bullying e cyberbullying. Realizaram-se encontros semanais de 1h de duração, com pequenos grupos de alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Projeto Carioca II.

O PROINAPE promoveu rodas de conversa que se iniciavam com uma breve introdução ao tema, com o uso de dinâmicas interativas, discussões em pequenos grupos e perguntas reflexivas, para incentivar a participação ativa.

Criou-se um ambiente de confiança, garantindo que todos se sentissem ouvidos e respeitados em suas colocações. A mediação se realizou de forma a acolher experiências pessoais que pudessem emergir, sempre com foco na construção de soluções coletivas e no fortalecimento de habilidades socioemocionais, como empatia, cooperação, autoestima e respeito.

Após a exploração dos temas centrais, os alunos refletiam sobre como o bullying e o cyberbullying impactam a convivência escolar e suas vidas fora da escola. Essa fase foi fundamental para que os estudantes compreendessem não apenas as consequências psicológicas e emocionais dessas práticas, mas também suas implicações legais e sociais.

Para fortalecer o engajamento e o protagonismo juvenil, os alunos receberam orientações sobre como podem agir diante de situações de bullying e como identificar e auxiliar seus pares que estejam enfrentando essas dificuldades. Também foram discutidas estratégias de uso responsável da internet e das redes sociais, evitando comportamentos nocivos no ambiente virtual.

Em complemento às discussões teóricas, a prática envolveu atividades que integraram os alunos e a comunidade escolar:

Mural sobre Bullying e Cyberbullying: Os alunos criaram um mural em um local de destaque na escola, com mensagens, ilustrações e informações sobre o tema. O objetivo foi sensibilizar a comunidade escolar sobre o impacto dessas práticas e a importância do respeito na escola.

Entrevistas com a Comunidade Escolar: Os grupos produziram entrevistas com professores, colegas e funcionários da escola sobre suas percepções em relação ao bullying e cyberbullying. As entrevistas, registradas em vídeo, serão compartilhadas nas redes sociais das UEs, ampliando o alcance da conscientização e envolvendo toda a comunidade no debate.

Ação de Sensibilização: Como culminância do projeto, os alunos estão organizando um dia de ação em cada UE. Nesse dia, eles distribuirão balas acompanhadas de mensagens positivas, elaboradas previamente. Além disso, discutirão o tema nas salas de aula, promovendo um diálogo direto com os demais estudantes sobre a importância de se combater o bullying e promover a cultura de paz na escola.

Essa metodologia, que combina o diálogo reflexivo com atividades práticas e engajadoras, visou não apenas sensibilizar os alunos, mas também transformá-los em multiplicadores de uma cultura de respeito e empatia na escola.

Espera-se que essa intervenção produza impactos significativos no clima escolar, favorecendo uma cultura de respeito mútuo e prevenção à violência. Ao sensibilizar os alunos para os riscos e danos associados ao bullying e cyberbullying, o projeto visa reduzir a ocorrência dessas práticas nas UEs. Ao promover a participação ativa dos estudantes na construção de ações de sensibilização, espera-se que haja um fortalecimento do protagonismo juvenil e do senso de pertencimento à comunidade escolar.

Outro impacto é a criação de um canal de diálogo mais aberto entre alunos, professores e funcionários, promovendo um ambiente mais inclusivo e colaborativo. As atividades práticas, como murais e entrevistas, permitem que os alunos consolidem o aprendizado de forma criativa, ao mesmo tempo em que estimulam a conscientização de toda a comunidade escolar. A ação de sensibilização, por sua vez, busca ampliar o alcance do projeto e incentivar mudanças comportamentais sustentáveis no cotidiano escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. MEC. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. MEC. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf.

BRASIL. Lei federal 13.935, de 11 de dezembro de 2019. Dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13935.htm.

ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8069 de 13 de Julho de 1990.

FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. Campinas, SP: Verus Editora, 2005.

FAZENDA, Ivani (org.). Práticas Interdisciplinares na Escola. 10ª Edição. São Paulo: Cortez, 2005.

FRANCISCHINI, Rosângela; SOUZA NETO, Manoel Onofre de. Enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes: Projeto Escola que Protege. Rev. Dep. Psicol., UFF, Niterói, v. 19, n. 1, p. 243-251, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-80232007000100018&lng=en&nrm=iso.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.

______________. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. Editora Paz e Terra, São Paulo, 2005.

PACIEVITCH, Thais, GIRELLI, Eliane e EYNG, Ana Maria. Violências nas Escolas: Mediação de Conflitos e o Clima Escolar. IX Congresso Nacional de Educação, 2009.

Registros
IMAGENS
Mural produzido pelos alunos
Grupo de alunos na EM Menezes Cortes
Grupo de alunos na EM Aleksander Henryk Laks
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