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Boas Práticas
Práticas integradas de assistentes sociais, professores e psicólogos
Roda de Conversa Mediada pela Pela Poesia Falada
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Charles Anderson Weaver - 6ª CRE
Rua Carlos Pacheco ávila S/nº - Coelho Neto

Anos Finais / Educação de Jovens e Adultos

AUTORES

ANA PAULA DO NASCIMENTO MORENO

Ana Paula do Nascimento Moreno: Assistente Social e especialista no Atendimento à Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Doméstica(PUC/RJ) e Gênero e Diversidade (IMS/UERJ) e Impactos da Violência na Escola (FIOCRUZ). No momento está cursando a especialização Políticas Públicas e Socioeducação (UnB). Trabalha como Assistente Social desde 2003 e ingressou na PCRJ em 2007. Desde de 2017, organiza juntos com outros profissionais do PROINAPE, a coleção de livros “Poesias ao Vento”, que reúne poesias de alunos de algumas escolas da 6ª CRE.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Assistente Social

Jair Dias Augusto Júnior

Jair Dias Augusto Junior: Pedagogo, psicólogo, psicanalista, poeta e mediador de leitura, declamação e escrita poética de adolescentes na rede de educação pública da cidade do Rio de Janeiro. Finalizou o Mestrado em psicanálise no ano de 2016. Trabalha como psicanalista clínico desde 2004 e ingressou como psicólogo na SME em 2012. Foi aluno de poesia falada da Casa Poema, de 2014 a 2020, onde aprendeu e vivenciou a potência da palavra “viva” na construção da cidadania.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Psicólogo

Adriana da Silva Serafim

Professora do Ensino Fundamental 1, leciona na rede municipal do Rio de Janeiro há 14 anos. Mestre em Ensino de História pelo ProfHistória – PucRio, em 2022. Educadora do PROINAPE, desde março de 2024. Coordenadora do Projeto Operários do Samba (2017), conjunto de 20 entrevistas com compositores/as, sobretudo da Baixada Fluminense, a cerca do ofício de compor e as relações de trabalho advindas dessa produção intelectual, como edição, gravação e arrecadação autoral.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professora

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
6º ano
7º ano
8º ano
9º ano
Carioca II
OBJETIVOS
Promover diferentes formas de expressão dos alunos sobre questões da adolescência que atravessam o seu desenvolvimento psicossocial, como: luto pela saída da infância, o luto da perda de entes queridos, a ideação suicida, a automutilação, os encontros e desencontros do amor e da sexualidade, o racismo, o machismo/feminismo como efeito das múltiplas violências e da desigualdade social no cotidiano escolar; Fomentar os processos de leitura, interpretação de texto, escrita e oralidade dos alunos participantes e ouvintes; Instrumentalizar os alunos para que gradualmente ocupem seu lugar de fala na vida, enfrentando suas angústias, dúvidas e medos, estimulando o respeito à diversidade dentro de si e do outro; Contribuir na formação do “aluno cidadão” consciente de seus direitos e deveres, usando a “palavra” como mediadora de convivências e conflitos; Fomentar através do protagonismo dos alunos o envolvimento da comunidade escolar na discussão e nas ações contra as múltiplas violências.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Março/3/20 até atualmente
Público
Aluno
Eixo do NIAP
Juventude e Escola
Competências Gerais da BNCC

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Nossa proposta de atividade de leitura, embasada no enfoque discursivo, é justificada pelos resultados obtidos com nossas experiências como mediadores de leitura e escrita de poesia e também na BNCC que propõem o desenvolvimento de habilidades de leitura, onde os alunos sejam capazes de ler em voz alta diversos tipos textuais, expressando sua compreensão e interpretação. Esse projeto fomenta um protagonismo juvenil amplo, pois permite que o estudante escolha um texto significativo para interpretar, decorar e apresentar em espaços diversos, dentro e fora do ambiente escolar. Assim, os estudantes ouvem com atenção o que outros autores de poesia (inclusive alunos autores de sua própria escola), estão escrevendo sobre seu tempo psicológico e social e assim demonstram também sentir mais vontade ler, escrever e se posicionar. Aqui, as diversas formas de violência que perpassam a vida dos adolescentes são nomeadas e discutidas. E assim, graças a uma grande interação dialógica que envolvem diversos interlocutores e mediadores, focada no incentivo do protagonismo literário, eles começam a, gradualmente, produzir seus próprios textos e formas de lidar com essas violências. Os textos orais e escritos com os quais temos contato desde nosso nascimento, nos atravessam e nos formam como seres falantes, nosso ser clama por ocupar um espaço de fala no mundo, junto àqueles que estão próximos. Na escola, em rodas de conversa como essa, ampliamos e intensificamos as experiências individuais, interpessoais e dialógicas tão necessárias para desenvolvermos ainda mais nossa capacidade inata de seres discursivos.
O projeto alcança a maioria dos objetivos propostos. Gaia aponta que: “destruir a pedagogia do silêncio em nossas escolas e permitir que as vozes dos sujeitos estudantes possam ser cruzadas, intercambiadas em esquemas de comunicação autêntica, menos artificiais, postiços, conservadores e autoritários” (GAIA, 2013, p.93). Tem sido nessa direção a nossa prática, e assim temos observado e registrado nossos alunos em um movimento de apropriação dos múltiplos sentidos do ler, escrever, aprender, frequentar a escola, marcando suas posições diante das diversas questões da adolescência, entre elas a violência. Poesia também é resistência, política social e cidadania. Nos motiva sabermos que outros adolescentes serão “contaminados” pelas palavras que essa atividade tem ajudado a construir e esperamos que eles também desejem escrever as suas próprias. Temos testemunhado que o protagonismo literário dos jovens é uma das formas de lidarmos com a violência na vida e na escola.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GAIA, Célia; GOULART, Marina. Metodologia do ensino: Formação do leitor. Batatais, SP: Claretiano, 2013.
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