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Boas Práticas
Educação em tempo integral
CHICO BUARQUE DE HOLLANDA - DO BRASIL- 80 ANOS: TRAJETÓRIA HISTÓRICA POR SUAS CANÇÕES DE PROTESTO À DITADURA CIVIL MILITAR
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Deodoro (0204001) - 2ª CRE
Rua da Glória 64 - Glória
Unidade não vocacionada


AUTOR

LUCILIA MARIA ESTEVES SANTISO DIEGUEZ

Graduada em História pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense. Professora de História da Rede Básica de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro desde 2005. Pesquisa História das Mulheres, Ensino de História e História Pública. Tem vários artigos publicados nestas áreas . Autora do livro "Dona Leonarda Maria da Silva Velho: uma Dama da Corte Imperial (1754- 1828)", publicado pela Editora Dialética em 2021. Membro do Grupo de pesquisa em Aprendizagem Histórica - APRENDHIS- vinculado à Universidade Federal de Goiás, sob coordenação do Prof. Dr. Cristiano Nicolini. Membro da ANPUH BRASIL e da ABEH. Integra a curadoria da Coluna Vice-versa da Revista Palavras Abehrtas da Associação Brasileira de Ensino de História - ABEH. Emitiu pareceres em artigos em outros periódicos. Foi parecerista na Revista Caliandra, da ANPUH GO.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: PI HISTÓRIA

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
9º ano
OBJETIVOS
Desenvolver o criticismo do eixo cronológico de 1964 a 1985, através da temática da Ditadura Civil Militar, estimulando o seguinte raciocínio: como esquecer 1964? É possível? Diante dos múltiplos pensamentos negacionistas, veiculados nos últimos anos, acerca do período ditatorial brasileiro citado acima, o projeto foi elaborado, visando ressaltar a importância da preservação da memória histórica das muitas vidas ceifadas e silenciadas nos ditos nos de chumbo. Somado a isso, foi pensado o estudo da trajetória de Chico Buarque, como maior artista e intelectual brasileiro, com 80 anos completados em junho de 2024, analisando suas canções feitas no período da Ditadura, simbolizando instrumentos importantes para a investigação científica do que fora vivido pela sociedade e pelo compositor à época demarcada. Os alunos então, desenvolveram atividades práticas sobre algumas músicas de Chico, representando suas mensagens em aspectos concretos e visíveis a aqueles que visitassem os trabalhos.
HABILIDADES
9º ano - História - Discutir os processos de resistência da sociedade brasileira durante a ditadura civil-militar e a emergência de questões relacionadas à memória e à justiça sobre os casos de violação dos direitos humanos no período da ditadura civil militar no Brasil.
9º ano - História - Identificar e compreender os processos políticos e sociais que resultaram na ditadura civil-militar no Brasil.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/3/20 até atualmente
A atividade foi desenvolvida nas aulas Projetos Integradores, com duas turmas de nono ano. Intencionando o combate aos discursos negacionistas, vigentes nos últimos anos, sobre o período da Ditadura Civil Militar no Brasil (1964-1985) e ainda despertar nos discentes, a necessidade de preservar a memória histórica , a fim de não serem repetidos as mazelas e erros do passado, que provocaram dores e silenciamentos sociais, o projeto foi raciocinado e dividido nos seguintes blocos: Etapa 1- aulas expositivas sobre o Governo João Goulart- o último governo civil antes do Golpe-; debate sobre a sociedade da época: seus objetivos, as teorias da conspiração, medos e grupos discriminados; o plano das Reformas de Base de Jango; panorama do golpe e do período ditatorial; a relevância da cultura na época de silenciamento e a intensa produção artística como forma de protesto e de denúncia; relatos da Comissão Nacional da Verdade como maneiras de registro histórico e de denúncia às torturas e às invisibilidades praticadas contra estudantes, artistas, professores, em suma, à sociedade com um todo. Atividade inicial: produção textual: Como esquecer 1964? É possível? Etapa 2- foco na trajetória de Chico Buarque de Hollanda, como artista e intelectual, mapeando suas músicas de protesto e de denúncia às ações militares. Nas aulas, os estudantes, separados em grupos, recebiam as letras de canções como Geni e o Zepelim, Cálice, Angélica, Acorda, amor, Vai passar, João e Maria, Quem te viu, quem te vê, Pedro, pedreiro, a fim de analisá-las como fontes históricas sobre o período. Foram registradas as anotações, impressões e elementos que simbolizassem protestos e que servissem de base para a censura. Em aulas seguintes, os estudantes iniciaram uma pesquisa sobre a biografia total de Chico e relatavam seus aspectos mais relevantes: curiosidades, conhecimentos e desconhecimentos sobre o artista, a fim de construírem seus planos de conhecimento, costurando-os à sua importância para o país até hoje e o porquê de preservar suas obras e presença. Etapa 3- em grupos para a atividade, foi proposta a cada um, a escolha de uma ou duas canções do compositor, a fim de transformarem-nas em elementos concretos, isto é, demonstrar a música e sua crítica à Ditadura Civil Militar em pontos palpáveis, possibilitando a comunidade escolar, conhecer Chico Buarque sob a ótica de pontos de construção. Foi iniciada, portanto, a fase das ideias, onde cada grupo, de posse de sua canção escolhida, elaborou suas propostas de trabalho, utilizando uma diversidade de materiais: cola, papel, técnica de papel marchê, argila, cartolina, bonecos em miniatura, massa de modelas, hidrocor, sangue artificial, suco de uva, tudo que funcionasse como ferramenta para erguer a mensagem das músicas de maneira visível, tátil e concreta.
A atividade, separada em etapas, possibilitou a averiguação da aprendizagem histórica dos discentes e. sobretudo, graças ao planejamento das aulas, garantiu o andamento dos trabalhos. O tempo estabelecido- a Feira de História aconteceu em agosto- estimulou todos a trabalharem de forma rápida e inteligente, aparando arestas e orientando os eixos das ideias do projeto- Chico Buarque 80 anos- e as ideias dos próprios grupos. Foram construídos trabalhos impactantes, como o da música "Cálice", cujo grupo construiu um rosto desfigurado e silenciado pela tortura, com um cálice derramando tinta, simbolizando o sangue; outro, que reconstituiu a cidadezinha de Geni, personagem que sofre transfobia dos demais e ainda alinhou um desenho, reproduzindo o rosto de Chico em um de seus primeiros discos, escrevendo frases de impacto; outro que construiu um palco com Chico sendo silenciado e a plateia sofrendo as torturas. Ao fim, inferiu-se que a memória de Chico, testemunha viva da época, é uma fonte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Comissão Nacional da Verdade. Disponível em https://cnv.memoriasreveladas.gov.br/institucional-acesso-informacao/a-cnv.html.

Músicas de Chico Buarque de Hollanda.

PAIVA, Marcelo R. Feliz Ano Velho. SP: Ed. Brasiliense, 1982.

Registros
IMAGENS
Chico por uma aluna
Liberdade aos artistas- Chico torturado
Cidade torturada
Cálice
Acorda, amor
A verdade de Geni - resposta à sociedade do século XXI
Como esquecer 1964?
Apesar de você
PDFs
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