Hugo Leonardo Barbosa de Oliveira
HUGO LEONARDO BARBOSA DE OLIVEIRA - 40 anos, nascido no Rio de Janeiro e pai de dois lindos filhos: Isaque e Abner. Historiador de formação (UNISUAM 2007) com pós - graduação em EJA (Faculdade de Educação São Luís 2019), atuante desde 2019 na Educação de Jovens e Adultos. Professor da E.M. CEJA Acari, uma escola exclusiva de EJA desde 2020, desenvolvo um projeto com os alunos sobre apropriação de novos territórios por meio de aulas-passeios com o objetivo de fortalecimento de identidade e cidadania. Áreas de interesse: Educação Patrimonial, Memória e Letramento Racial.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professor I - História
Douglas da Silva Cezario
Douglas da Silva Cezario, Biólogo, Professor da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro desde 2013.Além da docência, atuou como Coordenador Pedagógico. Atualmente Professor do CEJA Acari e o GET Presidente Café Filho. Área de interesse: Etnobotânica , Sustentabilidade em comunidades carentes.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professor I - Ciências
Aline Tatagiba de Faria
Aline Tatagiba de Faria, Pedagoga, Professora da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro desde 2002. Além da docência, atuou como Regente de Sala de Leitura, Coordenadora Pedagógica e Diretora Adjunta e Acompanhante de EJA-GED 6@CRE. Atualmente compõe a equipe gestora do CEJA Acari na função de Coordenadora Pedagógica desde 2021. Área de interesse: Educação para as Relações Étnico Raciais.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professor II
Desde a sua inauguração no ano de 2020, o CEJA Acari, uma jovem escola exclusiva de Educação de Jovens e Adultos, desenvolve atividades com o objetivo de combater o racismo através de uma educação antirracista. Diferentes estratégias foram utilizadas ao longo desses quatro anos com o propósito de combater a invisibilidade e o apagamento histórico cometido contra os diferentes povos africanos e afrodescendentes bem como contra os povos indígenas.
As lei 10.639/03 e 11.645/08 foram marcos importante ao instituírem uma política de Estado que reconheceu as escolas como instrumentos fundamentais para a superação do racismo. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2004), ao trazer no seu texto que o "Ensino de História e de Cultura Afro-Brasileira, se fará por diferentes meios, inclusive, a realização de projetos de diferentes naturezas, no decorrer do ano letivo", reforça o papel central das escolas na construção de uma sociedade igualitária, rompendo com uma educação que por muitas vezes corroborou com omissões e discursos discriminatórios e racistas. A ambientação pedagógica é uma ferramenta importante no processo de acolhimento, inclusão e sociabilidade dos alunos da EJA. Nesse sentido, reconhecendo que todas as escolas de Jovens e Adultos são marcadas por signos do transitório e passageiro, todos os sujeitos, entre alunos, professores e funcionários da escola, carecem de um reconhecimento como lugar, território e identidade no espaço da unidade escolar. Dessa maneira, as ações sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais desenvolvidas ao longo do tempo no CEJA Acari foram realizadas com a ideia de práticas de longa duração, permanecendo ainda hoje por diversos espaços da unidade escolar. Nesse contexto, no mês de outubro do ano de 2024 nasce a ideia de integração de tais práticas por meio do Circuito de Letramento Racial e Memória CEJA Acari, como forma de materializar essa caminhada antirracista na qual nossa unidade se comprometeu ao longo de sua existência. O Circuito conta, em um primeiro momento, com 5 pontos a serem visitados com duração de 40 a 60 minutos:
Ponto 1 - Canteiro Etnobotânico (cultivo de ervas ancestrais que servem como tempero, chá e alimento) Espaço Verde CEJA Acari.
Ponto 2 - Mural Étnico-Racial (Jovelina Pérola Negra, Conceição Evaristo, Kaê Guajajara e Professora Nathalia) Grafite dos retratos dessas mulheres, escolhidas para representar a potência feminina.
Ponto 3 - Painel da Confluência Afro-indígena no Brasil (Diversas personalidades do Brasil contemporâneo e moderno) Instalação com fotos, pinturas de símbolos, plantas e outros elementos de referência afro-indígena.
Ponto 4 - Galeria Afroindígena (Diversas personalidades históricas que participaram da construção da nossa sociedade) Exposição Permanente na sala de História/Geografia.
Ponto 5 - Acervo Étnico-racial (Livros e materiais pedagógicos étnicos)
- ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019. Coleção Feminismos Plurais.
- CARNEIRO, Sueli. Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser. Rio de Janeiro: Zahar: 2023.
- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
- Guia Educação para as Relações Étnico-Raciais: 20 anos da Lei 10.639/03
- LDBEN 9.394/96
- LEI 10.639/03
- LEI 11.645/08
- RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual Antirracista. São Paulo: 1ª Companhia das Letras, 2019, 135 p.