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Boas Práticas
Educação de Jovens e Adultos (EJA Rio)
Memórias de Baquaqua: cartas reflexivas sobre a escravidão e resistência com alunos do CEJA-Maré
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
Centro de Educação de Jovens E Adultos Ceja - Maré - 4ª CRE
Rua Praia de Inhauma 200 - Maré
Unidade não vocacionada


AUTOR

BRUNO SOUZA NORBERT COSTA

Mestre em Cultura e Territorialidade pela Universidade Federal Fluminense e graduado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Bruno Souza Norbert Costa é professor regente na Educação de Jovens e Adultos pela Secretaria Muncipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro, bem como da Secretaria de Estado de Educação. Além do ensino, tem experiência em pesquisa, atuando em instituições como o Arquivo Público do Estado e na Casa de Oswaldo Cruz/ Fiocruz.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professor I

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
EJA I - Bloco 1
OBJETIVO(S) DAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES EJA RIO ALINHADO(S) COM A PRÁTICA

Apresentar o ofício de historiador, especialmente no que se refere ao manuseio de fontes e a importância da checagem e cruzamento das informações.

Compreender a dinâmica do tráfico e da escravidão no Brasil.

Conhecer a história de vida de um escravizado e os horrores da escravidão, contados pelo próprio sujeito.

Desenvolver a leitura e a escrita, através de cartas reflexivas sobre a história que aprenderam.

Valorizar a memória e o afeto e a luta por uma vida melhor.

Conhecer mais sobre a História e a Geografia da África e a sua relação com o Brasil.

COMPONENTE CURRICULAR
EJA II - Bloco 1 - História/Geografia - Compreender a cidadania como um processo de ampla e irrestrita participação na sociedade, incluindo o exercício de seus direitos e deveres civis, sociais e políticos
EJA II - Bloco 1 - História/Geografia - Compreender os sentidos de trabalho, as desigualdades e as transformações históricas nos mundos do trabalho, como processos influenciados pelas relações social, cultural, política, econômica e pelo desenvolvimento científico-tecnológico, nas diversas sociedades, especialmente considerando o Brasil e o Rio de Janeiro.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/6/20 até atualmente
A partir do ítem "Trabalhadoras Negras: passado e presente", do material Rioeduca, foi desenvolvida uma sequência didática sugerida pela Revista Nova Escola sobre a escravidão e o tráfico de escravizados. Em um primeiro momento, foi discutido o motivo pelo qual se encontrava pouco material sobre os escravizados falando de si próprios e da sua situação. Após isso, foi lida a biografia de Mahommah Baquaqua, que chegou ao Brasil em 1845, através de Pernambuco, e que foi para diversos outros lugares, sempre em busca da sua liberdade. Após a conversa sobre a leitura, foram apresentadas duas fontes históricas: um projeto de navio negreiro que mostrava as seções da embarcação, com ênfase na parte em que os escravizados ficavam; e um trecho da autobiografia de Baquaqua (único relato desse tipo que se tem conhecimento) em que ele fala sobre os horrores do navio negreiro - chamados tumbeiros. A ideia foi cruzar as informações e perceber que uma reforçava a outra. Na última etapa, foi pedido que escrevessem uma carta (gênero já trabalhado em Língua Portuguesa, assim como a biografia) para quem eles quisessem, contando sobre a história que conheceram, como eram as condições das embarcações e o que fariam para evitar esse tipo de exploração nos dias de hoje, como o trabalho análogo à escravidão. A ideia aqui foi trabalhar leitura e escrita, memória e afeto, assim como formas de se combater injustiças.
Percebe-se um envolvimento bastante grande dos estudantes com a trajetória de Baquaqua, como ele lutou pela liberdade, a despeito da estrutura opressiva do tráfico atlãntico e da dinâmica da escravidão. Em determinados momentos, creio que tiveram a dimensão um pouco maior do sofrimento de um escravizado. Aquele indivíduo não foi apenas "escravo de alguém". O trabalho com as fontes sempre é estimulante para os alunos, mostrando que a história é viva e tem que fazer sentido para eles. Além disso, as cartas revelaram um pouco das memórias sobre pessoas queridas, e também da revolta que sentiram ao conhecer a história. Quando escrevem as cartas se conectam com a história e se apresentam como sujeitos dela.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABUD, Kátia Maria. “Didática da História: uma contribuição para o debate na Educação Histórica”. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora dos Santo et al. (orgs.) Passados possíveis: a educação histórica em debate”. Ijuí: Ed. Unijui. 2014, p.89-98.

_____. A construção de uma didática da História: algumas ideias sobre a utilização de filmes no ensino. In: História, São Paulo, n. 22 (1), 2003. p.183-193.

_____. SILVA, André Chaves de Melo; ALVES, Ronaldo Cardoso. Ensino de História. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

_____. “A história nossa de cada dia: saber escolar e saber acadêmico em sala de aula”. In: MONTEIRO, Ana Maria et (orgs.). al. Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2007, p. 107-118.

ANDRADE, Vera Cabana. “Repensando o documento histórico e sua utilização no ensino”. In: MONTEIRO, Ana Maria et. al. Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2007, p.231-238.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Prefácio de Ernani Maria Fiori. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.

https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/7ano/historia/a-composicao-do-navio-negreiro-e-as-viagens-do-trafico-transatlantico/6225.

Registros
IMAGENS
Alunos trabalhando.
Aluno incluído e a Agente de Apoio à Educação Especial, Emanuela Lopes.
Carta de um estudante.
Carta de uma estudante.
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