ACESSIBILIDADE:
Acessibilidade: Aumentar Fonte Acessibilidade: Retornar Fonte ao Tamanho Original Acessibilidade: Diminuir Fonte
Ícone do YouTube Ícone do Instagram Ícone do Tik Tok Ícone do Facebook WhatsApp
Ícone Sanduíche para Navegação
Logotipo do Projeto Cartografias de Boas Práticas da Rede Navegue pelo mapa e conheça as diferentes ações escritas e promovidas por profissionais de toda a nossa Rede.
Boas Práticas
Educação de Jovens e Adultos (EJA Rio)
AS MARCAS DEIXADAS PELAS VIOLÊNCIAS E O LÚDICO COMO POSSIBILIDADES DE APOIO
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
Creja - Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens E Adultos - CREJA
Rua da Conceição 74/76-a - Centro
Unidade não vocacionada


AUTOR

OSVALDO DO CARMO DE OLIVEIRA

Professor graduado, com licenciatura plena em Educação Física, pela Escola de Educação Física e Desportos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especialização em Educação Física Escolar, pelo Instituto de Educação Física, da Universidade Federal Fluminense. Mestrando no Programa de Pós-graduação em Educação – Processos Formativos e Desigualdades Sociais. Integrante do Grupo de Pesquisas ELAC (Educação física escolar; experiências Lúdicas e Artísticas; Corporeidades.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professor I - Educação Física

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
EJA I - Bloco 2
EJA II - Bloco 2
OBJETIVO(S) DAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES EJA RIO ALINHADO(S) COM A PRÁTICA
Acreditando nos planejamentos pedagógicos que tenham nos cotidianos um ponto de partida, e observando como as diferentes formas de violências podem deixar cicatrizes que podem ser sentidas por muito tempo, principalmente entre as minorias precarizadas de nossa sociedade, a ideia central desta prática é apresentar possibilidades de como os momentos lúdicos com/nos, jogos, brincadeiras e danças, podem estabelecer momentos de conexões com os próprios corpos castigados e marcados pelos diversos processos de violências.
COMPONENTE CURRICULAR
EJA I - Bloco 2 - Educação Física - Investigar o lúdico e as práticas de jogos e brincadeiras nas diferentes sociedades, em diferentes tempos históricos, especialmente na cultura popular, nas sociedades indígenas e afro-brasileiras.
EJA II - Bloco 2 - Educação Física - Investigar o lúdico e as práticas de jogos e brincadeiras nas diferentes sociedades, em diferentes tempos históricos, especialmente na cultura popular, nas sociedades indígenas e afro-brasileiras.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/9/20 até atualmente

Inicialmente as observações nos cotidianos escolares, ouvindo diferentes narrativas - tanto de estudantes, quanto dos demais integrantes que compõem a comunidade escolar - foram os pontos de partida para introduzir o tema deste trimestre em andamento.

Neste sentido foi realizado pesquisa para levantamento de materiais que dialogassem com a proposta em pauta e assim pudessem ser compartilhados com as turmas, estabelecendo e ampliando estes diálogos envolvendo também os/as estudantes.

O tema aborda as violências, as cicatrizes deixadas pelas mesmas e a compreensão de maneiras em que momentos lúdicos podem atuar para funcionar como possibilidade de cuidados com/para os corpos, através de brincadeiras, jogos e danças. Dessa maneira estão sendo realizadas rodas de conversas, mobilizadas por visualizações de pequenos vídeos para auxiliarem em reflexões e trocas de experiências, através de relatos espontâneos.

Estamos ainda, durante este período, vivenciando experiências com atividades de brincadeiras, jogos e danças, destacando estes como possibilidades a serem buscadas também fora do espaço escolar, criando momentos possíveis em que possamos dar atenção aos corpos de maneira lúdica.

As dinâmicas aqui narradas estão sendo desenvolvidas com turmas de EJA I, bloco II, e de EJA II, bloco II, nos turnos da manhã e da noite, nas aulas de terças e sextas, em que respectivamente essas turmas são atendidas.

Compreendendo que as atuais orientações curriculares existentes na modalidade de educação de jovens e adultos no município do Rio de Janeiro não restringem outras possibilidades, mas oferecem pistas que podem ser consideradas nos planejamentos, buscamos articular o presente trabalho com pontos presentes nestas orientações.

Parcialmente é possível realizar algumas ponderações de acordo com o que tem sido fruto de nossas trocas em aulas.

Temos tratado das violências domésticas, onde a estrutura hegemônica historicamente posiciona o homem como sujeito de poder sobre a mulher, limitando comportamentos, ditando normas e exercendo através de vários meios violências que deixam marcas em todo o núcleo familiar.

Nesses momentos os destaques ficam para as falas dos estudantes que se identificam como do gênero masculino e que têm pontuado a importância de acesso as informações e aos relatos de experiências nas rodas de conversas, no sentido de que possam formar uma conscientização crítica que possibilite questionar e romper com o hegemônico.

Nas interações onde os movimentos corporais são os pontos de destaques, também é possível observar, até este momento, que as dinâmicas lúdicas, ainda que temporariamente, funcionam como elementos de descontração que afetam os corpos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Nilda. Práticas pedagógicas em imagens e narrativas: memórias de processos didáticos e curriculares para pensar as escolas hoje. São Paulo: Cortez, 2019.

ANDRADE, Nívea; CALDAS, Alessandra Nunes; ALVES, Nilda. Os movimentos necessários às pesquisas com os cotidianos: após muitas ‘conversas’ acerca deles. In: OLIVEIRA, Inês Barbosa de; PEIXOTO, Leonardo Ferreira; SUSSEKIND, Maria Luiza. Estudos do cotidiano, currículo e formação docente: questões metodológicas, políticas e epistemológicas. Curitiba: CRV, 2019, p. 19.

BERTI, Andreza. A corporeidade e a construção rizomática do conhecimento na escola. In: CARVALHO, Rosa Malena (Org.). Corporeidades e processos formativos: contundências e resistências em defesa da vida e da escola. Rio de Janeiro: Nau, 2021.

CARVALHO, Rosa Malena. A cultura corporal como concepção que organiza a educação física e organiza o escolar. Revista Teias, Rio de Janeiro, RJ, v. 18, n. 49, p. 254-268, abr./jun. 2017.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. 2ª ed. 3ª reimpressão. São Paulo: Cortez, 2014.

DAOLIO, Jocimar. Da Cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

LARROSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Tradução de João Wanderley Geraldi. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 19, p. 20-28, jan./fev./mar./abr. 2002.

Registros
IMAGENS
Brincadeira em roda.
Envie sua mensagem
E aí, professor(a)?

Gostou dessa ação, tem alguma sugestão ou quer tirar alguma dúvida com este(a) professor(a)? Mande uma mensagem para ele(a) aqui. As Cartografias também consistem neste espaço de trocas e compartilhamentos do que se produz na Rede Municipal de Educação carioca.