Em 1º de março de 1565, o missionário e escritor suíço Jean de Léry registrou, em um dos primeiros mapas da Baía de Guanabara, as aldeias dos índios tupis aliados dos franceses. Entre as numerosas aldeias alinhadas na sua margem direita, uma pelo menos, que corresponderia à de Upabuna, estaria localizada às margens do rio que deu nome ao bairro, o Rio Pavuna.
Com características residencial e industrial, a Pavuna é um bairro de classe média da Zona Norte, fazendo divisa com Anchieta, Guadalupe, Costa Barros, Coelho Neto, Acari, Irajá, Jardim América e Parque Colúmbia, além do município de São João de Meriti. Com uma área total de 8,3 mil quilômetros quadrados, possui uma das maiores populações entre os bairros cariocas, com mais de 97 mil pessoas. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,790, o 99º melhor da cidade, segundo dados de 2010 do IBGE.
A partir do século XVI, a Coroa Portuguesa passou a estimular o plantio de cana-de-açúcar na região. Com a cultura canavieira, vieram os escravos e as fábricas de açúcar e aguardente, prosperando de tal forma que incentivaram a criação da primeira freguesia fora do centro do Rio de Janeiro, a de Nossa Senhora da Apresentação de Irajá, em meados do século XVII. Há registro, ainda, da existência da Fazenda Nossa Senhora da Conceição da Pavuna, pertencente à família Tavares Guerra, cuja capela data de 1788.
Em 1833, a Pavuna se encontrava dividida pelo rio de mesmo nome, cada lado pertencendo a uma freguesia da cidade: o lado sul, à de Irajá; e o lado norte, à de Meriti. Houve na época uma disputa com Nova Iguaçu, que requeria as terras de ambas as margens do Rio Pavuna, mas a capital do Império venceu a contenda, fixando-se então o limite no divisor histórico das freguesias, o referido Rio Pavuna.
Com a construção de um canal, que retificou o traçado do rio, a região livrou-se do fantasma das febres que despovoavam outras áreas do recôncavo, tal como a cidade de Piedade de Iguaçu, que entrou em plena decadência.
Hoje, o bairro possui um parque industrial de pequenas, médias e grandes corporações, tendo, ainda, um setor comercial diversificado. Também conta com uma feira permanente, conhecida como Feirinha da Pavuna, tema de samba composto e interpretado pela cantora Jovelina Pérola Negra.
No bairro, há duas clínicas da família, que fazem parte do Programa Saúde Presente, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).