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Capela de engenho inspira o nome de Santíssimo
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Publicado em 05/07/2013
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Santíssimo é um bairro da Zona Oeste do Rio, que foi criado por decreto em 1981 e está localizado no meio do Parque Estadual da Pedra Branca, entre a Serra do Lameirão e a Avenida Brasil. Faz divisa com os bairros de Senador Vasconcelos, Senador Camará, Bangu e Campo Grande, e tem uma geografia bastante acidentada, formada por morros e pequenos vales. Sua população – 41.458 habitantes, segundo o Censo de 2010 – tem um dos mais baixos IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade: o 101º, entre 126 bairros analisados.

Santíssimo - EstaçãoBoa parte do contingente populacional de Santíssimo vive em comunidades carentes do Complexo da Fazenda Coqueiro – o mais extenso conjunto de favelas do Rio (a maioria localizada em Senador Camará), de acordo com informações do Portal Geo do Instituto Pereira Passos. A região hoje ocupada pelo bairro já conheceu, contudo, períodos de prosperidade. Um deles foi na primeira metade do século XX, quando ali havia vários galpões de beneficiamento de laranja para exportação. Naquela época, a região de Santíssimo pertencia a Campo Grande, que chegou a ser conhecida como Citrolândia, por sua extensa área de plantação de laranjais.

Naqueles tempos, Santíssimo já contava com a infraestrutura do ramal de Santa Cruz, da Estrada de Ferro Central do Brasil. Sua estação havia sido inaugurada, em 1890, com o nome de Coqueiro, em alusão à fazenda, pertencente a Manuel de Antunes Suzano, que deu origem ao povoamento da área. Era em terras contíguas às da Fazenda Coqueiro que estava localizado o Engenho do Lameirão, onde se situava a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Lameirão, cuja história inspirou o atual nome do bairro. É que, em 1750, a capela ganhou permissão para manter as hóstias do Santíssimo Sacramento em um sacrário. O fato levou a população daquela época a se referir à região como a da Capela do Santíssimo.

História do bairro

As terras hoje ocupadas pelo bairro de Santíssimo pertenceram, inicialmente, à sesmaria de Irajá, concedida a Antônio de França, no século XVI, logo após a fundação da cidade por Estácio de Sá. Era a maior sesmaria do Rio de Janeiro, mas foi desmembrada em 1673 e doada a Manoel Barcelos Domingos, dando origem à jurisdição que, no século XVIII, foi batizada de Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande. As atividades que se desenvolveram em toda essa região eram relacionadas à plantação de cana-de-açúcar e produção de rapadura, álcool e aguardente. Foi nesse contexto que nasceu o Engenho do Lameirão, também de propriedade de Manuel de Antunes Suzano, onde ficava a Capela do Santíssimo.

Na época, o escoamento dos produtos fabricados na fazenda e no engenho era feito pela Estrada dos Jesuítas, assim chamada porque foi construída, no século XVII, por essa ordem religiosa. Posteriormente, o caminho foi rebatizado de Estrada Real de Santa Cruz, que ia até São Cristóvão e se interligava com outros caminhos, que chegavam até pequenos portos da Baía de Guanabara e ao centro da cidade do Rio de Janeiro.

Foi no século XVIII que as primeiras mudas de café chegaram à região. No início do século seguinte, a cafeicultura já despontava na Serra do Lameirão. O crack da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, e o fim da República Velha “decretaram” o fim da já decadente atividade cafeeira da região, que, com o boom da citricultura em Campo Grande, se beneficiou da abertura de galpões de beneficiamento de laranja. Com o fim de mais esse ciclo econômico, Santíssimo se transformou, praticamente, em um bairro-dormitório, onde se registra uma das ocupações mais desordenadas da cidade.

Santíssimo - mapa2

 

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