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Recontando a história do lugar
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Publicado em 09/12/2013
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A origem do nome do bairro, como em outras situações aqui já mencionadas, também gera alguma controvérsia. Há quem afirme que a região, um belo e imponente engenho no passado, era conhecida como V Alqueire (unidade de medida de superfície), sendo a letra V a representação, em romano, do número cinco. Ou seja, o 5° Alqueire.

Já em As Sesmarias de Jacarepaguá, de Raul Telles Rudge, encontramos outra explicação. Em meados do século XVIII, o dono das terras hoje chamadas de Vila Valqueire era Antônio Fernandes Valqueire, e todos a elas se referiam como sendo a vila (no sentido de vilarejo) do Valqueire.

Com ou sem polêmica, o lugar tinha seus encantos. Nas últimas décadas do século XIX, o avô materno de Geremário Dantas, Francisco Teles (o Chico Teles), arrendou-a ao novo proprietário, o inglês Williams Newlands. Na década de 1920, Newlands vendeu o sítio para a Companhia Territorial Edificadora Suburbana. Porém, o lançamento de vendas dos terrenos demorou um pouco, só iniciando quando Luís da Rocha Miranda (1863-1926) entrou no negócio, e o nome da firma mudou para Companhia Predial. O projeto foi aprovado pela Prefeitura em 1927, um ano após a morte de Rocha Miranda. A área foi dividida em lotes, preconizando sua ocupação e uma desenfreada especulação imobiliária.

O engenheiro Alencar Lima, autor do projeto, abriu ruas bem largas e com nome de flores (como Rosas, Margaridas, Verbenas etc.), que são cruzadas pela Luiz Beltrão (que corta a localidade por dentro, ligando-a à Praça Seca), com a Praça Saiqui, tornando o Valqueire um Pau-ferro tronco1aprazível e valorizado bairro.

Hoje, o lugar não lembra em nada a época dos antigos engenhos de cana-de-açúcar.

Pau-ferro

Vila Valqueire faz parte da história de Jacarepaguá, por ser um dos seus limites. Na região, existia grande quantidade de árvores da espécie pau-ferro (Caesalpinia ferrea, típica da Mata Atlântica). Atualmente, apesar do imenso número de construções, ainda se pode encontrar, em algumas ruas, esse espécime vegetal, principalmente na Rua das Rosas. Essa bela e extensa área está assentada no chamado Vale do Pau-Ferro.

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