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Boas Práticas
Práticas integradas de assistentes sociais, professores e psicólogos
A poesia que inspira e transforma
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Celestino da Silva - 1ª CRE
Rua do Lavradio 56 - Centro
Unidade não vocacionada


AUTOR(ES)
Andreia Carla Cerqueira Morais Salgado, Erika da Silva Philippini e Maurício Pereira de Mattos

Andreia Carla Cerqueira Morais Salgado é mestre em Ensino de Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e professora de Artes Cênicas na rede municipal da cidade do Rio de Janeiro, com atuação no Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape) do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Niap/SME-Rio). Em 2019/2020 Andreia foi bolsista no Programa Anual de Bolsas de Estudo de Mestrado e Doutorado da SME-Rio. Em 2023 participou como articulista do livro Arte na linha de frente: experiências de teatro e dança na Educação Básica no Rio de Janeiro, que reúne artigos escritos por professores egressos do Programa da SME em parceria com docentes do Programa de Pós-Graduação em Ensino das Artes Cênicas (PPGEAC/Unirio).

Erika da Silva Philippini é graduada em Serviço Social pela pela Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (ESS/UFF), concluiu especialização na área de Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes em curso promovido pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e atua como assistente social no Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape) do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Niap/SME-Rio). Erika é autora do artigo Vulnerabilidade, violência de gênero e HIV/DST-Aids (2004).

Maurício Pereira de Mattos concluiu graduação e licenciatura em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mestrado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), especialização em Análise Institucional e Esquizoanálise pelo Instituto Gregorio Baremblitt (IGB) e é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública (PPGSP) da ENSP/Fiocruz. Maurício atua como psicólogo no Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape) do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Niap/SME-Rio), participa do Coletivo de Estudos e Apoio Paideia da FCM/Unicamp (SP) e atua na gestão do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) de Maricá (RJ).

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Andreia Morais - Professora, Erika Philippini - Assistente Social e Maurício Mattos - Psicólogo
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
6º ano
OBJETIVOS

O trabalho com a poesia falada foi desenvolvido em 2022 na E.M. Celestino da Silva (1ª CRE) a partir do interesse de uma professora de Língua Portuguesa em utilizar a metodologia com turmas de 6º ano em parceria com a equipe Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape) que já atuava na escola.

  • O principal objetivo foi desenvolver um projeto com o dispositivo da poesia falada partindo do pressuposto de que o uso dessa metodologia no processo pedagógico fortalece e contribui para o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade, além de ser um dispositivo usado para a interpretação e expressão dos(as) alunos(as). Segundo a professora Angela Fronckowiak, “a contribuição da poesia na aprendizagem da leitura e escrita é relevante porque ela é essencialmente um texto para ser oralizado”. (FRONCKOWIAK, 2005, p. 3)

HABILIDADES
6º ano - Língua Portuguesa - Ler com fluência e expressividade textos de diferentes gêneros discursivos, identificando os mecanismos de coesão e coerência.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Março/2022 até Outubro/2022

Analisando as possibilidades de atuação na E.M. Celestino da Silva em 2022, percebemos o potencial dos estudantes das duas turmas de 6º ano – um total de 65 alunos – para trabalhar com poesia falada, além do interesse e proximidade da professora de Língua Portuguesa – que haviam participado da formação em Poesia Falada oferecida em 2020 pelo Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Niap/SME-Rio).

Partimos do pressuposto de que o uso dessa metodologia no processo pedagógico fortalece (e contribui para) o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade, além de ser um dispositivo útil para interpretação e expressão dos estudantes.

Entendendo que havia conflitos decorrentes de questões de gênero (e seus papéis hoje atribuídos socialmente) entre os estudantes, decidimos iniciar nossa intervenção a partir da proposta de discussão. Como recursos metodológicos, utilizamos vídeos temáticos; material impresso em papel como livros, poesias e letras de música; dinâmicas de grupo, jogos e técnicas teatrais; rodas de conversa e processos avaliativos.

Incialmente, lançamos mão de materiais audiovisuais, poesias e letras de música para disparar reflexões entre alunas e alunos. Inicialmente, desenvolvemos as atividades com vídeos e textos poéticos sobre desigualdade de gênero em encontros semanais. Também trabalhamos com outras poesias relacionadas a adolescência, racismo, bullying e outros assuntos relevantes.

Num segundo momento, utilizamos imagens impressas, com uma diversidade de temáticas e expressões, e as distribuímos entre os participantes para possibilitar múltiplas leituras, interpretações e olhares. Também utilizamos a linguagem teatral através de jogos desenvolvidos pelo Niap, como O corpo expressivo no espaço escolar, para promover integração, desinibição e expressão entre os estudantes.

Quando iniciamos o exercício da leitura de poesias com os grupos, percebemos que alguns dos estudantes já produziam seus próprios textos poéticos enquanto outros manifestavam interesse por esse modo de expressão. Com esse contexto favorável, decidimos fomentar a produção de poesias autorais para estimular a potencialidade e o protagonismo dos alunos no processo artístico, criativo e crítico. Segundo a especialista em Literatura Infantil e Juvenil Neusa Sorrenti:

    “(...) a inspiração está longe de ser a condição única para a construção de um bom texto poético. É sabido que ela ajuda muito e pode até constituir a força primeira para a criação do poema, mas sozinha não vai muito longe. O fazer poético depende da imaginação e do trabalho artesanal com a palavra” (SORRENTI, 2009, p. 50).

Então, pedimos aos estudantes que criassem poesias a partir do que as imagens suscitavam. O processo resultou na produção de uma coletânea de textos poéticos dos alunos das turmas 1601 e 1602, com mais de 20 poesias!

Avaliamos que o projeto teve um desenvolvimento importante e positivo, já que contribuiu de forma relevante para a escolarização dos estudantes ao provocar o exercício da elaboração de uma escrita subjetiva.

Outro efeito observado foi a instauração de um clima poético na escola que resultou na criação de um coletivo de poetas e na premiação de alunos em concurso desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SME-Rio), em comemoração aos 200 anos da Proclamação da República do Brasil. Como destaque, constatamos os processos autônomos da unidade escolar, que se apropriou efetivamente da ferramenta pedagógica em diferentes contextos educacionais.

Referências Bibliográficas

FRONCKOWIAK, A. Como andar sem poesia? A leitura de poemas na educação infantil. Anais do II Colóquio Leitura e Cognição. Santa Cruz do Sul (RS): Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), 2005.

SORRENTI, N. A poesia vai à escola: reflexões, comentários e dicas de atividades. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

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