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Bienal do Livro Rio 2025 transforma literatura em experiência imersiva
09 Junho 2025 | Por Lailla Micas
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Foto. Espaço com inúmeros livros expostos em mesas, cobrindo uma grande área, o que sugere uma feira de livros. Ao fundo, de forma desfocada, várias pessoas de diferentes gêneros e idades estão envolvidas na atividade de escolher livros. Em primeiro plano, homem segura e folheia livro.
Bienal deste ano pretende transformar a relação de crianças, jovens e adultos com a leitura - Foto: Divulgação Bienal do Livro 2023


Entre os dias 13 e 22 de junho, o Riocentro, na Zona Oeste da capital carioca, será palco de celebração da educação e da cultura com a Bienal do Livro Rio 2025. O evento acontece em um contexto especial: este ano, o Rio de Janeiro é a Capital Mundial do Livro, título concedido pela UNESCO, que reforça o papel da cidade como centro de produção de literatura e promoção da leitura.

Leia a notícia: Rio de Janeiro é nomeado Capital Mundial do Livro 2025 pela UNESCO

Confira: Bienal do Livro 2025 | Programação Oficial

Uma Bienal pedagógica, interativa e inclusiva

Com o lema “Todos na mesma página”, a Bienal deste ano propõe uma programação ampliada e mais interativa: a proposta é transformar o evento em um “parque literário”, conceito chamado de Book Park, ou parque do livro. A ideia é proporcionar experiências imersivas, lúdicas e sensoriais capazes de transformar a relação do público – especialmente crianças, jovens e educadores – com a leitura.

Entre os destaques estão os “Labirintos de Histórias”, espaços temáticos que recriam universos ficcionais das séries “Corte de Espinhos e Rosas”, “Wicked”, “Covenant” e “Uma Janela Sombria”. Esses ambientes prometem uma imersão narrativa através de cenografia, trilhas sonoras e elementos visuais, onde visitantes podem literalmente caminhar entre corredores de páginas.

Outra novidade é a roda-gigante “Leitura nas Alturas”, que contará com 16 cabines temáticas inspiradas em obras populares como “Diário de um Banana”, “Percy Jackson”, “As Crônicas de Nárnia”, “Turma da Mônica” e “Alice no País das Maravilhas”. Além da vista panorâmica, a atração oferece áudios com trechos e ambientações sonoras de livros.

A programação também inclui espaços já conhecidos do público, como o Café Literário Pólen, que completa 25 anos de debates sobre literatura e sociedade; a Biblioteca Fantástica, voltada ao público infantil; o Curto-Circuito, com atrações para jovens; o Artists Alley, dedicado à cultura pop e HQs; e o Palco Apoteose Shell, com foco em literatura e audiovisual.

Educação, diversidade e tecnologia como pilares da programação

A curadoria deste ano prioriza temáticas ligadas à diversidade, ancestralidade, juventudes, meio ambiente, saúde e desenvolvimento socioemocional. Ao contemplar vozes plurais, de diferentes gêneros, estilos e origens, reúne alguns dos principais nomes da literatura contemporânea brasileira e internacional.

Entre os nomes brasileiros confirmados estão Ailton Krenak, Conceição Evaristo, Drauzio Varella, Elisa Lucinda, Itamar Vieira Junior, Leandro Karnal, Marcelo Rubens Paiva, Miriam Leitão, Pedro Bial e Tati Bernardi. Na programação internacional, um dos destaques é a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que abre o evento em uma conversa com a atriz Thaís Araújo.

As atividades previstas na programação, como gincanas literárias, rodas de conversa, performances e oficinas, integram educação não formal e cultura de forma inovadora. Além disso, a Bienal reafirma seu compromisso com a formação de leitores e a valorização do livro como ferramenta de transformação social, oferecendo entrada gratuita ou com desconto para professores, bibliotecários e estudantes.

A tecnologia também tem papel central no evento. O aplicativo oficial da Bienal, disponível para Android e iOS, permite montar agendas personalizadas, explorar o mapa do evento, acessar a programação e interagir com outros visitantes. Há também orientações sobre transporte, informações inclusivas e uma loja com itens, como camisetas, ecobags, cadernos e outros produtos relacionados ao universo dos livros.

Cultura do livro como política pública

A escolha do Rio como Capital Mundial do Livro não apenas reforça o papel da cidade como polo cultural, mas também coloca a leitura no centro das políticas públicas de desenvolvimento humano, social e educacional. A Bienal é um reflexo direto desse compromisso, incentivando o pensamento crítico, a escuta ativa e o letramento literário em larga escala.

A proposta de uma “comunidade literária viva” impulsiona novas formas de ensinar e aprender, em um espaço onde os leitores deixam de ser espectadores e tornam-se agentes da experiência. Como afirma a curadora Heloiza Daou, “a literatura na Bienal não está apenas nas estantes, mas no chão em que se pisa, nas cabines em que se entra, nas palavras que se escutam e nos encontros que se formam”.

Neste ano simbólico, a Bienal do Livro Rio celebra não apenas o livro, mas o leitor como sujeito ativo na construção de um futuro mais crítico, sensível e conectado à cultura. Uma oportunidade rara de reunir autores, educadores e leitores em um mesmo espaço – e na mesma página.

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