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A tecnologia no aperfeiçoamento profissional do pedagogo
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Publicado em 19/05/2020
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"A Pedagogia é um divisor de águas na minha vida", conta Érick Jordão, professor do 6º ano no Ciep Claudio Manoel da Costa (9ª CRE), em Cosmos, Campo Grande. "O curso (na UFRRJ) me mostrou que temos que ter empatia com os estudantes, promover o  conhecimento. É diferente de jogar o conteúdo para os alunos para que se apropriem dele. Importante não é o conhecimento que o professor traz, mas a possibilidade de incentivar os alunos para que queiram pesquisar, conhecer".

Silvina Fernández é coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A especialista diz que, especialmente no momento atual, a Pedagogia é fundamental para que se consiga articular de forma prudente e embasada meios e modos de ensinar. "Temos que buscar soluções flexíveis. O foco deve estar sempre na garantia de aprendizagem dos alunos. É essencial que os gestores e professores contem com apoio para desenvolver suas tarefas. Neste momento de pico da crise, o esforço é manter o vínculo, dar contribuições e subsídios para que o cérebro não se desligue do processo de aprendizagem, mas a volta à escola é o que me preocupa mais – como vamos fazer? Não será possível uma escola como a que tínhamos, com salas de aproximademente 30 alunos cada. Há países que estão dividindo as turmas por grupos em rodízio. E o dia que o aluno estiver em casa, como será o estudo dele? ", se pergunta Silvia.

A Escola de Formação Paulo Freire (EPF), que normalmente oferece cursos semipresenciais para os profissionais da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, tornou todos as capacitações totalmente on-line enquanto durar o isolamento social.

Luciana Cortes, gerente de formação para o professor regente da EPF conta que, no momento, 850 professores do 1º segmento estão fazendo o curso sobre alfabetização. Outra formação on-line que está acontecendo é a de TDH, com 500 professores regentes. Há inscrições abertas até 20 de maio para agentes e secretários no minicurso de ferramentas digitais para o trabalho remoto (Microsoft Teams e Google Sala de Aula).  Esse mesmo curso já foi concluído por 8 mil professores em 2020, entre um total de mais de 30 mil inscritos. O prazo para término do curso para professores vai até 30 de junho.

Érick Jordão, professor do Ciep Claudio Manoel da Costa, citado no início da matéria, é um dos professores que fez o minicurso de ferramentas digitais. "Eu prefiro cursos presenciais, mas entendo a necessidade do on-line. Além disso, acredito que a realidade das aulas on-line veio para ficar. Em relação a utilizar de fato o Microsoft Teams para dar aulas, eu me pergunto como faremos para chegar a todos os alunos. Minha turma, por exemplo, tem 25 alunos e, por enquanto, 11 deles estão cadastrados em minha sala de aula virtual, criada no Microsoft Teams. Tudo isso é um processo. Estamos nos adaptando à realidade que se impôs. Creio que realmente o maior problema é conseguir chegar a todos os alunos, muitos deles não têm acesso a celulares, computadores e internet."     

Adriana Monteiro é a gerente da EPF responsável pela formação para gestores da Rede. "Temos 1.700 profissionais, entre diretores, diretores-adjuntos e coordenadores pedagógicos estudando pela plataforma EAD. A formação é sobre diversos aspectos de gestão (de pessoas, administrativa, escolar etc.), com estudo de casos. O curso foi organizado pelo Instituto Singularidades e a MultiRio nos auxiliou montando os webinários".

A Escola de Formação Paulo Freire é aberta a todos os educadores da Rede Pública Municipal de Ensino. Em sua página inicial, há um passo a passo  para ajudar no acesso à plataforma EAD, inclusive disponibilizando um telefone 0800 para o profissional que não esteja de posse de seu e-mail do Rioeduca, necessário para utilização da plataforma on-line.

"A sociedade possui avanços tecnológicos e de comunicação que não podem ser desprezados pelos educadores. O sistema educacional não pode ignorar a maneira com que a sociedade está se comunicando", pontua a coordenadora do curso de Pedagogia da UFRJ, Silvina Fernández.

Dia 20 de maio é dedicado ao pedagogo, o profissional que se dedica a estudar o processo ensino-aprendizagem com o objetivo de educar.

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Saúde na escola 
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Protagonismo Estudantil
Professores compartilham aulas e outros conteúdos educativos on-line
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Educação Midiática
Professores aderem à campanha da 6ª CRE e compartilham videoaulas com alunos nas redes s
Yasmin Benedetti, professora de inglês nas Escolas Municipais Zituo Yoneshigue e Lia Braga, em uma videoaula compartilhada nas redes sociais A 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que representa a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro em 13 bairros da Zona Norte da cidade, está convocando os professores a gravarem aulas em vídeo e a compartilharem com seus alunos nas redes sociais. Mais de 500 professores já aderiram à campanha. Batizada de #CompartilheUmaAula pelo coordenador da 6ª CRE, Hugo Nepomuceno, a iniciativa pretende minimizar os prejuízos pedagógicos causados pelo fechamento das escolas determinado pela Prefeitura do Rio de Janeiro como medida preventiva contra a disseminação do novo coronavírus. Além do grande risco à saúde e à vida das pessoas, a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, abalou sistemas educacionais no mundo inteiro. Como em diversos países, no Brasil, governos estaduais e municipais decidiram fechar as escolas para diminuir a velocidade da transmissão da doença, na tentativa de evitar o colapso do sistema de saúde. Na Rede Pública Municipal de Educação do Rio de Janeiro, cerca de 640 mil alunos e 40 mil professores estão dentro de suas casas, em afastamento social, seguindo orientações das autoridades sanitárias. Mas as adversidades costumam atiçar a criatividade das pessoas. Seis dias após o início da suspensão das aulas no Rio de Janeiro, ocorrido em 16 de março, o professor Cássio Veloso, responsável pela Assessoria de Informática Técnica e gestor das redes sociais da 6ª CRE, decidiu propor uma ação de compartilhamento voluntário de videoaulas com os alunos pelas redes sociais, durante o período de suspensão das atividades escolares. Cássio conta que a ideia surgiu de uma conversa com sua mãe. “Minha mãe, que é professora alfabetizadora aposentada, demonstrou preocupação com a suspensão das aulas por conta do aprendizado dos alunos. Ali, falando com ela em vídeo, surgiu a ideia: conclamar colegas professores a gravarem aulas e nos enviar para compartilharmos em nossas redes sociais. ” A iniciativa foi prontamente encampada pelo coordenador da 6ª CRE, Hugo Nepomuceno, que não demorou a encontrar um nome que traduzisse o potencial de alcance da proposta. “A inspiração se deu pelo desejo de, com a iniciativa, criarmos um movimento colaborativo de produção dessas microaulas, sendo necessário, para isso, criar uma hashtag que não se restringisse aos profissionais da 6ª CRE, mas atingisse a Rede como um todo. Deveria ser também uma hashtag que comunicasse de forma simples e direta com o público que procurasse, na rede social, por esse conteúdo. Fizemos uma pesquisa preliminar e identificamos que essa hashtag não estava em uso no Facebook, o que nos levou a adotá-la”, conta. Letícia Lombone, 12 anos, aluna da Escola Municipal de Aplicação Carioca Coelho Neto, assistindo a uma videoaula em casa. FOTO: Patrícia Rodrigues Mello. Hugo gravou um vídeo convocando os professores a participarem da empreitada. A mobilização gerada pela mensagem postada na página da 6ª CRE no Facebook já está gerando resultados. Letícia Lombone, 12 anos, aluna do 8º ano na Escola Municipal de Aplicação Carioca Coelho Neto, localizada no bairro de Ricardo de Albuquerque, afirma estar gostando das atividades pedagógicas postadas por seus professores nas redes sociais e relata já ter assumido um compromisso: “as videoaulas me mantêm em uma rotina de exercícios e trabalhos muito importante, que terei que apresentar aos professores no final desse período da quarentena. ” Manter a rotina relacionada à escola é um dos objetivos da iniciativa proposta pela 6ª CRE, segundo a professora Yasmin Benedetti, que leciona inglês nas Escolas Municipais Zituo Yoneshigue, também em Ricardo de Albuquerque, e Lia Braga, em Guadalupe.  “Nessa quarentena que nós estamos vivendo, pensar que os nossos alunos estão afastados da escola, que é a maior referência que eles têm - eles passam mais tempo na escola do que em casa -, poder chegar até eles e fazer com que eles não percam essa rotina e esse contato, e sigam aprendendo, é muito bom”, afirma Yasmin, que já deu a sua contribuição com uma videoaula gravada em seu celular. Segundo Hugo, a intenção não é criar um modelo de ensino a distância para a Rede Municipal, mas manter professores, alunos, pais e responsáveis conectados.  “Não podíamos correr o risco de nossos alunos, nesse período de afastamento social, se desvincularem da escola e perdermos contato. Através desse movimento, temos visto uma verdadeira rede colaborativa se desenvolvendo, com profissionais de diferentes unidades escolares trocando ideias e compartilhando as aulas uns dos outros, levando esse conteúdo aos alunos de suas unidades”, constata. Entre os conteúdos compartilhados, há atividades lúdicas, como brincadeiras e leitura de histórias, consideradas fundamentais por Luana Travassos, mãe de Maria Eduarda, 8 anos, aluna do 3º ano no Ciep Glauber Rocha, na Pavuna. Luana elogia a preocupação dos professores em relacionar os conteúdos das videoaulas com a faixa etária do aluno e conta como utiliza as atividades sugeridas para organizar a rotina da filha: “Eu imprimo algumas, para que ela estude na parte da manhã, que é o horário que nós separamos para os estudos dela. Quando não consigo imprimir, mostro através da tela mesmo. Faço sempre a busca nas redes sociais da 6ª CRE ou através da hashtag.” Cássio explica que as redes sociais da 6ª CRE já contavam com 10 mil seguidores, o que contribuiu para a rápida e grande adesão. Hugo acrescenta um ingrediente: para ele, o sucesso da iniciativa deve-se também à grande penetração da telefonia móvel. “O fato desse material ser de fácil acesso pelas famílias, pois com um celular elas conseguem acessar as aulas, fez com que nós acabássemos democratizando, ainda mais, o alcance desse conteúdo. Afinal, a maioria das famílias hoje acessa a internet por meio do celular e não dos computadores”, relata. As atividades e conteúdos pedagógicos estão sendo compartilhados pela página da 6ª CRE no Facebook , pelo Instagram e em grupos de WhatsApp que reúnem professores, gestores escolares, pais e responsáveis pelos alunos. “Sabemos que não alcançaremos todas as famílias, pois no nosso território tem algumas áreas em que a qualidade do sinal das operadoras é muito limitada ainda, mas cada família que alcançamos já é uma vitória e, de passo em passo, vamos alcançando ainda mais”, comemora Hugo. A iniciativa da 6ª CRE está se espalhando por toda a Rede Municipal de Educação e já conta com contribuições da 2ª, 5ª, 7ª e 8ª CRE, além da Escola de Formação Paulo Freire. Não há exigências complicadas em relação ao formato em que as videoaulas devem ser produzidas. Recomenda-se, no entanto, que os vídeos tenham duração máxima de três minutos, sejam gravados sempre na posição horizontal e que os professores se apresentem e digam a qual escola pertencem. Para garantir a qualidade e o alinhamento dos conteúdos à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), todos os vídeos produzidos pelos professores estão passando pela análise da Gerência de Educação da 6ª CRE, que segue as orientações da Secretaria Municipal de Educação. As aulas e atividades de complementação escolar, gravadas em vídeo e áudio pelos professores, estão disponíveis em #CompartilhaUmaAula. Em breve, muitas delas poderão ser acessadas também na área Material de Complementação Escolar (MCE) do Portal MultiRio.
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Professores aderem à campanha da 6ª CRE e compartilham videoaulas com alunos nas redes sociais

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