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Boas Práticas
Educação em tempo integral
Aprender cantando. Cantar aprendendo
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
CIEP Claudio Manoel da Costa - 9ª CRE
Rua Guarujá S/nº - Cosmos

Anos Finais

AUTOR

EDILENE BRUM DINIZ LIMA

Meu nome é Edilene Brum, sou professora de Educação Física da rede Estadual e Municipal de ensino do Rio de Janeiro. Trabalho no bairro de Campo Grande . Tenho especialização em Educação Especial pela UFRRJ, Aperfeiçoamento em atividade física inclusiva pela UFJF, Aperfeiçoamento em Gestão Inclusiva (UFJF), Aperfeiçoamento em Audiodescrição (UFJF), Dança em cadeira de rodas (UFJF), extensão em: audiodescrição, construção de material alternativo para pessoas com deficiência visual, Autismo, TDAH, Dupla e Tripla excepcionalidade, AH/SD, tecnologia assistiva, práticas inclusivas, práticas pedagógicas para aluno com baixa visão, Construção do PEI, Esportivamente, Audiodescrição na Escola. Tenho um capitulo de livro publicado, ganhei um prêmio na categoria Educação Inclusiva no bairro de Campo Grande. Participei como palestrante de Trilha formativa da Seeduc e também da SME e tenho 3 capítulos de livro publicados em universidades públicas.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR:PEF anos finais. Professora de Educação Física.

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
6º ano
7º ano
8º ano
9º ano
OBJETIVOS
Segundo o filósofo Byung-Chul HAN, o excesso de estímulos, informações e impulsos, modifica radicalmente a estrutura e economia de atenção. Com isso podemos ver uma fragmentação e destruição da atenção. Isso foge totalmente do progresso civilizatório. O que deixa a função contemplativa disfuncional. Assim caminham as crianças e jovens na atualidade. Excesso de mídia e suas milhares de informações disfuncionais e rasas. Esse presente projeto, tem o objetivo de trazer ao ambiente escolar um momento de estudo diferenciado. O aprendizado através da música não é um aprendizado por palavras lineares, mas por palavras que dançam e criam movimentos contemplativos. Muskat (2010), o aprendizado musical, ativa vários circuitos neuronais devido à integração de várias funções cognitivas. Dentre estas se podem destacar a memória, a atenção e as áreas de associação sensorial e corporal. Rubem Alves em suas palavras disse que, a música é vida interior, e quem tem vida interior jamais estará só.
HABILIDADES
6º ano - Educação Musical - Identificar pela apreciação práticas musicais diversas reconhecendo os usos e as funções da música em diversos contextosde circulação, especialmente da vida cotidiana
7º ano - Educação Musical - Diferenciar práticas musicais diversas , reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em seus contextos de produção e circulação e estabelecendo relações com as diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética
8º ano - Educação Musical - Diferenciar práticas musicais diversas , reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em seus contextos de produção e circulação e estabelecendo relações com as diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética
9º ano - Educação Musical - Diferenciar práticas musicais diversas , reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em seus contextos de produção e circulação e estabelecendo relações com as diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/3/20 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET

A primeira parte do projeto se deu no convite de turma em turma para a composição de um coral na escola. Houve um grande engajamento dos alunos de todas as turmas, o que era esperado que acontecesse. Que houvesse alunos de todas as idades. Que o maior número de marcadores sociais fosse observado nessa construção. Nenhuma exigência quanto a habilidades vocais foi exigida. Apenas que a disciplina fosse o fator primordial para a construção juntos desse grupo. Assim como é proibido o uso de celulares na escola, também da mesma forma nos ensaios. Foi combinado um dia específico na semana para a realização dos ensaios para que ficasse fixo e os alunos respeitassem esse horário estipulado. Assim a adesão e as faltas seriam nesse dia específico diminuídas pelo compromisso de cada um. Os responsáveis tomaram ciência do coral e da participação de seus filhos, fazendo assim uma parceria com a escola e com o projeto político-pedagógico que propõe encurtar a distância da família com a comunidade escolar no todo. Durante a construção do repertório, observamos as datas comemorativas com expressão cultural no nosso país, e cada música escolhida, sendo estudada em sua cultura e especificidade. Eles aprendem a melodia e o significado de suas linhas e entrelinhas. Com isso novas cognições neurais são formadas à partir do aprendizado do novo. Durante o ano, estamos na montagem de repertório de acordo com essas datas e os próprios alunos escolhem o que mais gostam de cantar. Toda a escolha parte da apresentação a eles e eles, como protagonistas dessa escolha final. Quando a música indica um aluno solista, nós reunimos o grupo e decidimos juntos quem será esse solista, o que torna o grupo ainda mais unido em sua decisão, linkando novamente com o Projeto Político-Pedagógico onde aponta para o protagonismo juvenil. A finalidade não é a formação de cantores profissionais e sim pessoas que se dedicam a uma ação em conjunto. No momento dos ensaios, todos se dedicam juntos e com a atenção no tom de voz e tempo de cada verso. O aprendizado por repetição, faz com que a capacidade de memorização consciente e funcional aconteça de forma leve.

A primeira apresentação foi no Festival Luiz Gonzaga. Aprenderam as músicas, a fala cultural que as músicas carregam, e principalmente viveram a cultura do nosso país. Ainda teremos outras apresentações na escola, em datas especiais e com muito aprendizado.

Sabemos que o compromisso de cantar em público é desafiador. A diversidade na composição do grupo foi proposital. Não teria como ver o comportamento e a evolução de cada um se fossem todos iguais. Eles superaram a timidez. Novos laços de amizade se formaram dentro de uma ação. Alunos que no início estavam dispersos, ficaram com a atenção voltada para aquele foco específico que era aprender a música . Os pais assistiram seus filhos cantando na escola, músicas que de certa forma, nunca tinham ouvido. A comunidade escolar foi impactada Ao final da primeira apresentação puder compreender e eles também que, a música na escola transcende o aprendizado das letras e números. Ela atravessa a rigidez dos cadernos e invade a alma das pessoas. Segundo Edgar Morin (2001),música humaniza o sujeito e promove um encontro com ele e com o outro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Rubem A. Na morada das palavras. Papirus Editora, 2003.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Editora Vozes Limitada, 2015.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo. Ed. Cortez, 2001.

MUSZKAT, Mauro. Música e neurociência. 2010.

Disponível: http://www.neuroclin.com.br/ noticias/Dr_Mauro_Muszkat_05.html. Acesso: 07/08/2025

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IMAGENS
Todos juntos na apresentação
Ensaio
Ensaio
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