Boas PráticasEDILENE BRUM DINIZ LIMA
Meu nome é Edilene Brum, sou professora de Educação Física da rede Estadual e Municipal de ensino do Rio de Janeiro. Trabalho no bairro de Campo Grande . Tenho especialização em Educação Especial pela UFRRJ, Aperfeiçoamento em atividade física inclusiva pela UFJF, Aperfeiçoamento em Gestão Inclusiva (UFJF), Aperfeiçoamento em Audiodescrição (UFJF), Dança em cadeira de rodas (UFJF), extensão em: audiodescrição, construção de material alternativo para pessoas com deficiência visual, Autismo, TDAH, Dupla e Tripla excepcionalidade, AH/SD, tecnologia assistiva, práticas inclusivas, práticas pedagógicas para aluno com baixa visão, Construção do PEI, Esportivamente, Audiodescrição na Escola. Tenho um capitulo de livro publicado, ganhei um prêmio na categoria Educação Inclusiva no bairro de Campo Grande. Participei como palestrante de Trilha formativa da Seeduc e também da SME e tenho 3 capítulos de livro publicados em universidades públicas.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR:PEF anos finais. Professora de Educação Física.
A primeira parte do projeto se deu no convite de turma em turma para a composição de um coral na escola. Houve um grande engajamento dos alunos de todas as turmas, o que era esperado que acontecesse. Que houvesse alunos de todas as idades. Que o maior número de marcadores sociais fosse observado nessa construção. Nenhuma exigência quanto a habilidades vocais foi exigida. Apenas que a disciplina fosse o fator primordial para a construção juntos desse grupo. Assim como é proibido o uso de celulares na escola, também da mesma forma nos ensaios. Foi combinado um dia específico na semana para a realização dos ensaios para que ficasse fixo e os alunos respeitassem esse horário estipulado. Assim a adesão e as faltas seriam nesse dia específico diminuídas pelo compromisso de cada um. Os responsáveis tomaram ciência do coral e da participação de seus filhos, fazendo assim uma parceria com a escola e com o projeto político-pedagógico que propõe encurtar a distância da família com a comunidade escolar no todo. Durante a construção do repertório, observamos as datas comemorativas com expressão cultural no nosso país, e cada música escolhida, sendo estudada em sua cultura e especificidade. Eles aprendem a melodia e o significado de suas linhas e entrelinhas. Com isso novas cognições neurais são formadas à partir do aprendizado do novo. Durante o ano, estamos na montagem de repertório de acordo com essas datas e os próprios alunos escolhem o que mais gostam de cantar. Toda a escolha parte da apresentação a eles e eles, como protagonistas dessa escolha final. Quando a música indica um aluno solista, nós reunimos o grupo e decidimos juntos quem será esse solista, o que torna o grupo ainda mais unido em sua decisão, linkando novamente com o Projeto Político-Pedagógico onde aponta para o protagonismo juvenil. A finalidade não é a formação de cantores profissionais e sim pessoas que se dedicam a uma ação em conjunto. No momento dos ensaios, todos se dedicam juntos e com a atenção no tom de voz e tempo de cada verso. O aprendizado por repetição, faz com que a capacidade de memorização consciente e funcional aconteça de forma leve.
A primeira apresentação foi no Festival Luiz Gonzaga. Aprenderam as músicas, a fala cultural que as músicas carregam, e principalmente viveram a cultura do nosso país. Ainda teremos outras apresentações na escola, em datas especiais e com muito aprendizado.
ALVES, Rubem A. Na morada das palavras. Papirus Editora, 2003.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Editora Vozes Limitada, 2015.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo. Ed. Cortez, 2001.
MUSZKAT, Mauro. Música e neurociência. 2010.
Disponível: http://www.neuroclin.com.br/ noticias/Dr_Mauro_Muszkat_05.html. Acesso: 07/08/2025
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