O Dia Nacional da Consciência Negra é um momento de reflexão e valorização da luta contra o racismo no Brasil.
Instituída pela Lei nº 12.519/2011, a data se tornou símbolo da resistência e da afirmação da identidade negra no país. Com a Lei nº 14.759/2023, o Dia da Consciência Negra passou a ser reconhecido como feriado nacional.
Nesse contexto, surgiu o Novembro Negro, mês dedicado à promoção de ações, debates e eventos voltados ao combate à discriminação racial e à valorização da cultura afro-brasileira.
Em 2024, o Novembro Negro foi oficialmente integrado ao calendário oficial do Rio de Janeiro, pela Lei nº 8.391. A cidade conta com diversos espaços dedicados à cultura afro-brasileira.
O Rio de Janeiro carrega uma herança afro-brasileira marcante — visível na arquitetura, na culinária e em diversas expressões culturais.
Que tal dar um rolé pela cidade e explorar locais de memória e preservação da nossa identidade afro-racial?
➡️ Circuito da Pequena África
Apelidada pelo sambista Heitor dos Prazeres, a Pequena África abrange os bairros Saúde, Gamboa e Santo Cristo, na zona portuária do Rio.
O nome se deve à forte presença da população negra na região, que inclui locais históricos como o Cais do Valongo (Patrimônio Mundial da Humanidade), o Cemitério dos Pretos Novos, os morros da Conceição e da Providência, além da famosa Pedra do Sal.
📍 Rua Camerino, 5 – Centro

➡️ Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB)
O MUHCAB é um museu de território que engloba locais como a Escola José Bonifácio, a Pedra do Sal, o Largo São Francisco da Prainha e o Cais do Valongo.
O acervo reúne cerca de 2,5 mil itens — entre pinturas, esculturas, fotografias e obras de artistas contemporâneos, que dialogam com a ancestralidade afro-brasileira.
📍 Rua Pedro Ernesto, 80 – Gamboa

➡️ Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN)
Criado em 2005, o IPN tem a missão de preservar e divulgar o conhecimento histórico sobre a escravidão a partir do sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos.
O espaço é reconhecido como um lugar de memória sensível e valor universal, promovendo pesquisas e ações de valorização do patrimônio africano e afro-brasileiro.
📍 Rua Pedro Ernesto, 32/34 – Gamboa

➡️ Casa da Tia Ciata
Sede da Organização dos Remanescentes da Tia Ciata (ORTC), o espaço mantém viva a memória da icônica sambista.
Uma exposição permanente sobre Tia Ciata é a principal atração, celebrando seu legado na cultura e na formação do samba carioca.
📍 Rua Camerino, 5 – Centro

➡️ Casa do Jongo
No coração de Madureira, o Grupo Cultural Jongo da Serrinha mantém há mais de 50 anos a tradição do jongo.
A nova Casa do Jongo, com cerca de 2 mil m², funciona como centro cultural e espaço de convivência dedicado à preservação da memória e à promoção da arte e da cultura afro-brasileira.
📍 Rua Silas de Oliveira, 101 – Madureira

➡️ Parque Glória Maria
Localizado no alto de Santa Teresa, o antigo Parque das Ruínas foi rebatizado, em 2023, como Parque Glória Maria, em homenagem à jornalista pioneira e símbolo de representatividade.
O espaço abriga o Teatro Ruth de Souza, galerias, palcos para apresentações e um mirante com uma das vistas mais bonitas do Rio.
📍 Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa

➡️ Museu do Samba
Instalado no Centro Cultural Cartola, o museu celebra o samba como patrimônio cultural brasileiro.
Além de exposições permanentes e itinerantes, oferece oficinas, projetos educativos e rodas de samba semanais.
📍 Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira

➡️ Mapa das Rodas de Samba
Com raízes nos batuques africanos e influências de ritmos europeus, o samba é um dos maiores legados afro-brasileiros.
A Prefeitura do Rio, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, mapeou 150 rodas de samba em espaços públicos por toda a cidade.
Clique aqui e encontre a mais próxima de você.

Você já conhecia esses lugares que contam a história e celebram a cultura afro-brasileira no Rio?
Convide amigos, monte seu roteiro e mergulhe nesse tour de memória, arte e resistência.