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Dia Nacional da Consciência Negra: o que fazer no Rio para celebrar a data
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Publicado por Micaela Soares em 18/11/2025
Painel de grafites na Pedra do Sal, no Rio de Janeiro, exibindo murais coloridos que retratam figuras e símbolos da cultura afro-brasileira. As artes incluem rostos estilizados, elementos urbanos, instrumentos musicais e referências à história negra. A cena é vista a partir de uma grande rocha inclinada em primeiro plano.
Painel de grafites na Pedra do Sal celebra a herança afro-brasileira. Foto: Thiago Lara/Riotur

O Dia Nacional da Consciência Negra é um momento de reflexão e valorização da luta contra o racismo no Brasil. 

Instituída pela Lei nº 12.519/2011, a data se tornou símbolo da resistência e da afirmação da identidade negra no país. Com a Lei nº 14.759/2023, o Dia da Consciência Negra passou a ser reconhecido como feriado nacional

Nesse contexto, surgiu o Novembro Negro, mês dedicado à promoção de ações, debates e eventos voltados ao combate à discriminação racial e à valorização da cultura afro-brasileira. 
 
Em 2024, o Novembro Negro foi oficialmente integrado ao calendário oficial do Rio de Janeiro, pela Lei nº 8.391. A cidade conta com diversos espaços dedicados à cultura afro-brasileira.  

Memória e Cultura afro no Rio 

O Rio de Janeiro carrega uma herança afro-brasileira marcante — visível na arquitetura, na culinária e em diversas expressões culturais.  

Que tal dar um rolé pela cidade e explorar locais de memória e preservação da nossa identidade afro-racial?

➡️ Circuito da Pequena África 

Apelidada pelo sambista Heitor dos Prazeres, a Pequena África abrange os bairros Saúde, Gamboa e Santo Cristo, na zona portuária do Rio. 

O nome se deve à forte presença da população negra na região, que inclui locais históricos como o Cais do Valongo (Patrimônio Mundial da Humanidade), o Cemitério dos Pretos Novos, os morros da Conceição e da Providência, além da famosa Pedra do Sal. 

📍 Rua Camerino, 5 – Centro 

Cais do Valongo/Pequena África. Foto: Thiago Lara/Riotur

➡️ Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB) 

MUHCAB é um museu de território que engloba locais como a Escola José Bonifácio, a Pedra do Sal, o Largo São Francisco da Prainha e o Cais do Valongo. 

O acervo reúne cerca de 2,5 mil itens — entre pinturas, esculturas, fotografias e obras de artistas contemporâneos, que dialogam com a ancestralidade afro-brasileira. 

📍 Rua Pedro Ernesto, 80 – Gamboa 

A sigla do museu e o estandarte exposto reforçam a identidade do espaço dedicado à memória e à história da população negra no Rio. Foto: Léo Ripamonti /Cultura Rio

➡️ Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) 

Criado em 2005, o IPN tem a missão de preservar e divulgar o conhecimento histórico sobre a escravidão a partir do sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos. 

O espaço é reconhecido como um lugar de memória sensível e valor universal, promovendo pesquisas e ações de valorização do patrimônio africano e afro-brasileiro. 

📍 Rua Pedro Ernesto, 32/34 – Gamboa 

Museu Memorial Pretos Novos, espaço dedicado à memória e à ancestralidade africana no Rio. Foto: Thiago Lara/Riotur

➡️ Casa da Tia Ciata 

Sede da Organização dos Remanescentes da Tia Ciata (ORTC), o espaço mantém viva a memória da icônica sambista. 
 
Uma exposição permanente sobre Tia Ciata é a principal atração, celebrando seu legado na cultura e na formação do samba carioca. 

📍 Rua Camerino, 5 – Centro 

Retrato antigo em preto e branco de Tia Ciata. Ela é uma mulher negra de meia-idade, com um penteado alto e volumoso (coque ou turbante). Ela veste um vestido claro com decote rendado ou bordado e um longo colar de contas. Um xale ou manta listrada está drapeado sobre seu ombro esquerdo. Seu olhar é direto e sério.
Hilária Batista de Almeida, a inesquecível Tia Ciata. Foto: Domínio Público.

➡️ Casa do Jongo 

No coração de Madureira, o Grupo Cultural Jongo da Serrinha mantém há mais de 50 anos a tradição do jongo. 

A nova Casa do Jongo, com cerca de 2 mil m², funciona como centro cultural e espaço de convivência dedicado à preservação da memória e à promoção da arte e da cultura afro-brasileira. 

📍 Rua Silas de Oliveira, 101 – Madureira 

Multidão reunida em um espaço coberto, de estrutura verde e branca, possivelmente o local de um evento do Jongo da Serrinha. No nível inferior, um grande grupo de pessoas está reunido e interagindo, algumas vestindo roupas brancas e verdes. No nível superior, há uma varanda onde outras pessoas observam a cena. O logotipo "Jongo da Serrinha" e o endereço "jongodaserrinha.org" estão visíveis nas estruturas.
Evento no Jongo da Serrinha em Madureira. Foto: Secretaria Municipal de Cultura (SMC)

➡️ Parque Glória Maria 

Localizado no alto de Santa Teresa, o antigo Parque das Ruínas foi rebatizado, em 2023, como Parque Glória Maria, em homenagem à jornalista pioneira e símbolo de representatividade. 

O espaço abriga o Teatro Ruth de Souza, galerias, palcos para apresentações e um mirante com uma das vistas mais bonitas do Rio. 

📍 Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa 

Vista interna de um edifício antigo, provavelmente em ruínas, com paredes de tijolos vermelhos expostos. Uma escada moderna em metal preto sobe diagonalmente no canto direito. Há vigas de metal preto sustentando a estrutura e corrimãos vermelhos brilhantes em várias varandas internas. Através das janelas abertas, vê-se vegetação verde e luz natural.
Destaque da vista interna do Parque Glória Maria. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

➡️ Museu do Samba 

Instalado no Centro Cultural Cartola, o museu celebra o samba como patrimônio cultural brasileiro. 

Além de exposições permanentes e itinerantes, oferece oficinas, projetos educativos e rodas de samba semanais. 

📍 Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira 

Fachada do Museu do Samba, no Rio de Janeiro, com duas grandes faixas de exposição: à esquerda, um cartaz vermelho com o título “A Força Feminina do Samba” e a silhueta de uma mulher com brinco dourado; à direita, um cartaz verde e azul da exposição “Os Heróis da Liberdade”, com duas figuras dançando. Em frente à entrada verde, há uma escultura de um músico tocando violão.
Fachada do Museu do Samba celebrando a memória, a arte e a resistência presentes na história do samba brasileiro. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

➡️ Mapa das Rodas de Samba 
 
Com raízes nos batuques africanos e influências de ritmos europeus, o samba é um dos maiores legados afro-brasileiros. 

A Prefeitura do Rio, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, mapeou 150 rodas de samba em espaços públicos por toda a cidade. 

Clique aqui e encontre a mais próxima de você.

Mulher mais velha sorrindo enquanto canta em um microfone, usando chapéu azul e branco, óculos e blusa clara. Ela está em um palco iluminado por luzes coloridas, com um pandeiro parcialmente visível ao lado.
Tia Surica no Terreirão do Samba. Foto: Paulo Múmia/Riotur

Você já conhecia esses lugares que contam a história e celebram a cultura afro-brasileira no Rio? 

Convide amigos, monte seu roteiro e mergulhe nesse tour de memória, arte e resistência. 

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