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Dinâmicas para trabalhar a expressão corporal da criança na escola
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Publicado em 28/09/2017
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Formação
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A criança se alfabetiza com o corpo. É no que acredita Tania Nhary, doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP/Uerj), que conduziu a oficina “A música, a dança, o jogo e o movimento” na V Semana de Alfabetização, organizada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.

Durante o encontro, a especialista defendeu que se pense em uma formação para a sensibilidade. “As crianças estão falando coisas o tempo todo com o corpo, mas muitas vezes não entendemos. Na maior parte das vezes, elas falam por meio da arte: no dançar, na música, no brincar e jogar. Os professores precisam interpretar o significado dos movimentos e expressões da criança, para ir promovendo seu pleno desenvolvimento, entender suas necessidades, estimular sua autonomia e independência, valorizar descobertas e desafios”, apontou Tania.

Segundo ela, em geral, o movimento não está presente no projeto pedagógico das escolas. “Muitas vezes o corpo aparece apenas de maneira padronizada, como nos roteiros e coreografias de festas juninas ou da primavera, por exemplo. Mas o movimento deve ser gerado por estímulo e não por imposição ou por atividades mecânicas. Não se deve docilizar o corpo, impor disciplinarmente, mas, sim, fazer a criança entender o sentido e o significado do movimento.”

Tania destacou que a ludicidade é uma atividade livre e voluntária, fonte de alegria e divertimento, cuja entrega é espontânea, por puro prazer, podendo a qualquer momento ser abandonada. “O grande cuidado a ser tomado é a não instrumentalização do lúdico. Só é ferramenta de ensino se couber, visto que o lúdico não pode ser uma obrigação”, explicou, sugerindo que os professores reservem cinco minutos da aula, por exemplo, para que os alunos façam uma atividade que escolherem, previamente debatida e combinada com a turma.

“Precisamos olhar para a criança com olhos de criança. A intenção dessa oficina não é apontar o que o professor deve fazer, mas provocá-los a fazer algo diferente. Uma oficina para viver a experiência do corpo. Adaptem à realidade de vocês. A ideia é que vocês leiam o corpo das crianças na escola.”

Confira as atividades propostas e comentadas pela professora Tania Nhary:

Dinâmica 1

O grupo divide-se em duplas. Cada dupla deve conversar entre si por cerca de dois minutos, falando um pouco sobre sua vida. Depois, ordenadamente, cada dupla vai à frente e se apresenta como se fosse o outro companheiro.

“Vocês podem perceber a dificuldade que sentimos ao falar no lugar do outro. Muitas vezes, precisamos legitimar nossa fala olhando para o colega. Essa atividade pode ser usada para o professor ter informações sobre seus alunos. Essa inversão de papéis também pode ser útil para trabalhar os conteúdos ensinados em sala, pedindo que o aluno fale o que entendeu”, sugeriu Tania.

Dinâmica 2

Em um círculo, cada pessoa diz seu nome e faz um movimento com o corpo ao mesmo tempo. Depois, o grupo deve lembrar o gesto feito por cada um. Em seguida, devem se recordar do nome de cada colega.

“Essa atividade mostra a importância da expressão. Percebemos como é muito mais fácil fixar os movimentos do que os nomes.”

Dinâmica 3

Seguindo o raciocínio da dinâmica anterior, o professor diz aos alunos que irá contar uma história e pede que, quando ele falar determinadas palavras, todos façam um movimento corporal ou emitam um som preestabelecido específico. Por exemplo: num relato, toda vez que for falada a palavra ÔNIBUS, os alunos devem bater uma palma; TÁXI, estalar os dedos; OFICINA, dar um pulo.

“Essa também é uma abordagem possível para o professor transitar pelo conteúdo. Por exemplo, para que os alunos classifiquem as palavras: manifestem-se quando se tratar de um verbo, de um pronome etc.”

Dinâmica 4

Reunir o grupo em um círculo e pedir, a cada “rodada”, que os alunos se agrupem de acordo com uma característica comum, por exemplo: pela letra inicial do nome, pelo bairro onde moram, pela maneira como se deslocam de casa até a escola ou por quanto tempo levam etc.

“Quando pedimos que os alunos se agrupem por identificação, entendemos e mapeamos melhor a nossa turma pela história de vida que eles carregam. Podemos saber se eles trabalham, se demoram muito tempo no deslocamento até a escola – e, devido a isso, de repente, acordam muito cedo –, e tudo isso pode influenciar na dinâmica de sala de aula. Essa atividade também é importante para os alunos perceberem que há semelhanças e diferenças entre cada um deles – e que isso não importa, somos diferentes mesmo. Ali, eles se conhecem mais, encontram afinidades e interagem.”

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