Desde 2009, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação (SME), em parceria com a Academia Brasileira de Letras (ABL), incentiva o gosto pela literatura na Rede Municipal. Anualmente, um acadêmico é indicado como tema de uma atividade que inspire os alunos a escreverem sobre a vida e a obra do autor.

Na edição de 2014, o escolhido foi Moacyr Scliar, médico, romancista e contista gaúcho que também se dedicou à literatura infantojuvenil. A cerimônia de premiação para as seis melhores redações aconteceu no dia 26 de novembro, na sede da ABL. Estiveram presentes a Secretária Municipal de Educação, Helena Bomeny, e os imortais Arnaldo Niskier e Evanildo Bechara. A Maratona se destina aos alunos do 8º e 9º anos e do EJA II e integra o programa Rio, uma Cidade de Leitores.

Na E.M. Rose Klabin, os primeiros resultados

Ao longo do mês de setembro, a ABL promoveu o encontro entre os futuros escritores e seus representantes, organizando palestras nas escolas municipais. Na região da 6ª CRE, o evento aconteceu na E.M. Monte Castelo e, mais uma vez, a professora da Sala de Leitura da E.M. Rose Klabin não deixou a oportunidade passar em branco. “Levei alguns alunos para assistirem e atuarem como multiplicadores junto aos colegas”, conta Amanda Rodrigues Alves, que trabalha na escola há sete anos.

“Selecionei dez redações para a 6ª CRE, que escolhe as melhores e envia à SME. São três finalistas por CRE. Neste ano, foram selecionados trabalhos de duas alunas da turma 1.903 – Camila Pedro e Thaynnara Oliveira”, comemora Amanda. Mas o melhor ainda estava por vir. Thaynnara foi escolhida pela própria Academia Brasileira de Letras para ler seu texto na cerimônia de premiação, que acontece lá. Ela escreveu uma crônica na qual os acontecimentos fazem referência aos nomes de obras de Moacyr Scliar.

Em 2013, outro aluno da E.M. Rose Klabin também ficou no grupo seleto dos alunos premiados pela ABL. Em sua redação, Daniel Braz contou a história de vida de Guimarães Rosa, narrando como se fosse o protagonista de um de seus contos, chamado Sorôco, Sua Mãe, Sua Filha. No entender de Amanda, que comemora a premiação dos alunos que se destacam, há outros ganhos que são para todos e vão muito além do momento presente. “A literatura está aí para isso: para aumentar o repertório dos alunos, incentivar o desenvolvimento do seu senso crítico e, também, para humanizá-los.”